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Dólar tem nova queda e volta a R$3,20

No mês até esta quinta-feira, a moeda recuou em nove dos 13 pregões, acumulando desvalorização de 3,16%

Dólar:"Os dados da China fortalecem o apetite por risco", disse operador (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Dólar:"Os dados da China fortalecem o apetite por risco", disse operador (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 17h14.

São Paulo - Pelo segundo pregão consecutivo, o dólar não conseguiu sustentar movimento de correção e fechou em queda e no patamar de 3,20 reais, influenciado pela fraqueza da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes no exterior e algum fluxo.

O dólar recuou 0,23 por cento, a 3,2096 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,2254 reais pela manhã.

No mês até esta quinta-feira, a moeda recuou em nove dos 13 pregões, acumulando desvalorização de 3,16 por cento. O dólar futuro cedia 0,46 por cento.

"Os dados da China fortalecem o apetite por risco", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

A economia da China cresceu 6,8 por cento no quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior, acima da expectativa de 6,7 por cento. Em 2017, o crescimento foi de 6,9 por cento em relação a 2016, a primeira aceleração anual da economia desde 2010.

Esses números fortes da China ajudavam na valorização das moedas de países emergentes e ligados às commodities, e assim o dólar cedia ante os pesos chilenos, mexicano e o rand sul-africano. Contra uma cesta de moedas ele operava com tímida alta.

"Houve também fluxo de venda, além de uma expectativa de ingresso de recursos", justificou o operador da Spinelli, José Carlos Amado, ao citar que a reabertura do Global 2047 pode trazer confiança a empresas que queiram acessar o mercado externo e estavam retraídas.

O Tesouro brasileiro lançou 1,5 bilhão de dólares na reabertura do título Global 2047.

Como pano de fundo, o mercado seguia monitorando o noticiário em torno da reforma da Previdência, além do desfecho do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.

"Acho que enquanto ele ainda não estiver fora do jogo eleitoral é mais difícil para os investidores comprarem mais Brasil", avaliou Machado, acrescentando que as incertezas decorrentes desse processo podem levar o dólar a oscilar novamente até os 3,30 reais.

O julgamento de Lula está marcado para o dia 24 de janeiro, enquanto a votação em primeiro turno da reforma a Previdência na Câmara dos Deputados está prevista para 19 de fevereiro.

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