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Dólar tem nova queda e fecha a R$ 3,68 com otimismo em relação às eleições

Em dia fraco de notícias econômicas, moeda norte-americana recuou 0,74%, a 3,6872 reais na venda

Dólar: moeda chegou a cair mais de 1% durante a sessão, sendo cotada em queda ante o real durante a maior parte do pregão (Ian Waldie/Reuters)

Dólar: moeda chegou a cair mais de 1% durante a sessão, sendo cotada em queda ante o real durante a maior parte do pregão (Ian Waldie/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 17h20.

Última atualização em 22 de outubro de 2018 às 17h24.

São Paulo - O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, 22, em dia fraco de notícias econômicas e sob forte otimismo do mercado com o favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas na reta final antes das eleições no domingo.

O dólar recuou 0,74 por cento, a 3,6872 reais na venda.

A moeda chegou a cair mais de 1 por cento durante a sessão, sendo cotada em queda ante o real durante a maior parte do pregão. Na mínima, alcançou 3,6702 reais. Na máxima, foi a 3,7218 reais. O dólar futuro caía cerca de 0,7 por cento.

O mercado aguarda para terça-feira, 23, a divulgação da prévia da inflação oficial de outubro. O IPCA-15 deve ter subido a 4,59 por cento nos 12 meses até outubro, de acordo com a mediana de 16 projeções colhidas em pesquisa Reuters.

Pesquisa de intenção de votos encomendada pelo BTG Pactual à FSB Pesquisas mostrou, nesta segunda-feira, uma liderança de 20 pontos de Bolsonaro sobre Fernando Haddad, do PT, considerando os votos válidos. Já no levantamento CNT/MDA, também divulgado nesta segunda-feira, Bolsonaro tem 57 por cento dos votos válidos, contra 43 por cento de Haddad. .

Com a consolidação do cenário preferido do mercado de provável vitória de Bolsonaro no domingo, as negociações do candidato do PSL para montagem de uma coalizão no Congresso devem ocupar as atenções dos investidores.

A negociação de Bolsonaro com os partidos políticos que integram o chamado Centrão "deverá ser bem recebida pelo mercado, uma vez que é um indício de que o nível de governabilidade poderá ser melhor que o esperado", diz relatório da Renascença DTVM assinado pelo economista Marcos R. Pessoa e equipe.

Além de sinalizar que eventualmente buscará a independência do Banco Central, Bolsonaro também vem negociando a formação de uma base parlamentar capaz de aprovar reformas constitucionais, duas informações positivas na avaliação do mercado.

"A independência do Banco Central ameniza qualquer desconforto", afirmou o diretor da Mirae, Pablo Spyer.

A moeda norte-americana chegou a subir dois centavos contra o real após o início do pregão, em parte por atrair compradores quando a cotação foi abaixo de 3,70 reais e também acompanhando o desempenho no exterior, onde subia ante o peso mexicano e a lira turca, de acordo com o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Após a breve alta, o dólar retomou a queda, tendência que deve permanecer durante a semana anterior ao segundo turno da eleição presidencial.

"É uma segunda-feira de agenda fraca e o volume está pequeno, o mercado oscila muito fácil em relação aos ativos", explicou Amado, acrescentando não acreditar "que o mercado vai desmontar posições e aprofundar a queda durante a semana". "Vai prevalecer a cautela", acrescentou.

No exterior, a promessa de mais estímulos depois que a China revelou medidas de mudanças de impostos para sustentar a economia e empresas ajudava os mercados emergentes, em um dia de maior alívio também com o orçamento italiano depois que a agência de classificação Moody's manteve a perspectiva estável do país.

O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,775 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

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