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Dólar cai frente cena eleitoral e exterior

Às 10:56, o dólar recuava 0,18%, a 3,7374 reais na venda, depois de subir 0,11% na véspera

Swaps: BC anunciou para esta quarta-feira oferta de até 8.800 contratos de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem do vencimento de julho (Tsokur/Thinkstock)

Swaps: BC anunciou para esta quarta-feira oferta de até 8.800 contratos de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem do vencimento de julho (Tsokur/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2018 às 09h37.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 11h15.

São Paulo - O dólar operava em queda nesta quarta-feira, já tendo batido pontualmente o patamar de 3,70 reais, influenciado pelo alívio no mercado externo, em meio a expectativas de que a China pode adotar medidas de estímulo, e também com a cena política local.

Às 10:56, o dólar recuava 0,18 por cento, a 3,7374 reais na venda, depois de subir 0,11 por cento na véspera. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,7064 reais, queda de 1 por cento. O dólar futuro recuava de cerca de 0,85 por cento.

"Pesquisa mostra Alckmin na vice-liderança e ele seria um candidato reformista, que é o que vamos precisar no próximo ano", disse o operador de derivativos de um banco nacional.

Levantamento do Instituto Paraná feito apenas no estado de São Paulo mostrou que o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) seguia liderando com 21,4 e 21,6 por cento das intenções de votos em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB) com 18,4 e 19,1 por cento nos mesmos cenários sem o petista.

Em pesquisa realizada em fevereiro passado pelo mesmo instituto, também ouvindo apenas eleitores paulistas, Bolsonaro tinha 23,4 e 23,5 por cento nesses cenários, com Alckmin com 22,1 e 23,2 por cento.

O mercado doméstico piorou nas últimas semanas após pesquisas eleitorais mostraram dificuldade dos candidatos que os investidores consideram como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial.

Também pesou a greve dos caminhoneiros, em maio, que alimentou as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo.

Tudo isso levou o Banco Central a intensificar suas intervenções no mercado cambial, tendo na injetado o equivalente a pouco mais de 39 bilhões de dólares em novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. E anunciou que injetaria mais 10 bilhões dedólares nesta semana.

Para esta sessão, por enquanto, o BC apenas anunciou oferta de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho.

O recuo do dólar ante o real neste pregão também era influenciado pelo cenário externo, onde os mercados cambiais devam um respiro depois que a China sinalizou tolerância a uma moeda mais forte ao fixar um ponto médio diário mais forte do que o esperado. O dólar tinha leves variações ante uma cesta de moedas e recuava frente a divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Na véspera, o mercado internacional viveu movimento de aversão ao risco diante do recrudescimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China após nova ameaça de mais tarifas comerciais pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e retaliação de Pequim.

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