Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,6966 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,35% (Thinkstock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 30 de julho de 2018 às 13h05.
São Paulo - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, com a agenda mais leve nesta sessão desviando a atenção para os eventos dos próximos dias, entre os quais decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, esta podendo influenciar o fluxo de recursos pelo mundo.
Às 12:06, o dólar avançava 0,26 por cento, a 3,7275 reais na venda, depois de ter recuado 0,77 por cento na última sexta-feira, a 3,7179 reais. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,6966 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,35 por cento.
"No comunicado pós-reunião (do Fed) é que estarão as atenções em busca de pistas sobre novos aumentos em setembro e provavelmente em dezembro", trouxe a Advanced Corretora ao lembrar que, para esta quarta-feira, as previsões são de manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos entre 1,75-2 por cento.
É consolidada a percepção de que o Federal Reserve, banco central do país, deve manter seu gradualismo na política monetária, com mais duas altas de juros previstas para este ano.
Muitos investidores temem que os efeitos de uma guerra comercial enfraqueçam a economia, o que diminuiria a necessidade de alta dos juros.
Na próxima sexta-feira, saem dados sobre criação de vagas no país que, juntamente com o comunicado do encontro do Fed, ajudarão a calibrar as apostas para os próximos passos sobre os juros na maior economia do mundo.
O dólar registrava baixa ante a cesta de moedas e operava majoritariamente em queda ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno. Os investidores evitavam tomar posições importantes antes da divulgação de diversos dados econômicos e reuniões de política monetária dos bancos centrais nesta semana. Além do Fed, o Banco do Japão encerra reunião de dois dias na terça-feira e espera-se que o Banco da Inglaterra aumente as taxas de juros na quinta-feira. Internamente, a agenda também estava mais tranquila, com destaque para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, para o qual não se espera alteração da Selic dos atuais 6,50 por cento ao ano.
Desta forma, os investidores continuavam de olho no cenário político local, nesta reta final de coligações dos partidos com vistas às eleições presidenciais de outubro.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14.755 swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando integralmente o vencimento de 14,023 bilhões dedólares de agosto.
Em setembro, vencem 5,255 bilhões de dólares em swaps, segundo o BC.