Dólar: Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 8,7 mil swaps cambiais tradicionais (AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 30 de maio de 2017 às 10h35.
São Paulo - O dólar trabalhava com leves oscilações nesta terça-feira, marcando o oitavo dia seguido "preso" no intervalo de 3,25 e 3,30 reais com os investidores cautelosos com a cena política após a crise que atingiu o governo do presidente Michel Temer.
Às 10:09, o dólar recuava 0,20 por cento, a 3,2628 reais na venda, depois de ter encerrado na véspera com alta de 0,13 por cento. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento.
"O pior cenário é o presidente ficar sangrando no cargo", destacou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F. Muitos no mercado acreditam que Temer não vai continuar na Presidência, mas acreditam ao mesmo tempo que quem o substituir vai continuar com a agenda reformista.
Por isso o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer para as eleições de 2014, marcado para iniciar no próximo dia 6, está no centro das atenções dos investidores.
Enquanto isso, o governo se esforça para tentar dar continuidade às reformas. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), disse que a Casa vai retomar em poucas semanas discussão da reforma da Previdência. Já a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado tenta votar parecer de reforma trabalhista ainda nesta sessão.
"Se a reforma trabalhista passar nesta semana, seria uma boa indicação de que o governo está conseguindo reunir forças, o que poderia trazer otimismo para a aprovação da Previdência", afirmou Gonin.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 8,7 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-, para encerrar a rolagem dos contratos que vencem em junho.