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Dólar tem leve variações após pesquisa Datafolha e de olho em Previdência

Às 12h14, o dólar à vista oscilava em torno da estabilidade, a 3,8707 reais na venda

Câmbio: dólar tinha leves variações durante o pregão desta segunda-feira (Guadalupe Pardo/Reuters)

Câmbio: dólar tinha leves variações durante o pregão desta segunda-feira (Guadalupe Pardo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de abril de 2019 às 09h30.

Última atualização em 8 de abril de 2019 às 12h21.

São Paulo — O dólar tinha leves variações ante o real no início do pregão desta segunda-feira, 8, com investidores de olho nas articulações políticas ligadas à reforma da Previdência, após pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostrar má avaliação do governo Bolsonaro nos primeiros 100 dias de mandato.

Às 12h14, o dólar à vista oscilava em torno da estabilidade, a 3,8707 reais na venda.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou com avanço de 0,40 por cento, a 3,8730 reais na venda. Na semana passada, acumulou queda de 1,1 por cento.

O dólar futuro tinha variação negativa de 0,06 por cento.

"Falta notícias, também não houve nada de excepcional no mercado externo e aqui no interno estamos esperando a reforma (da Previdência)", avaliou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Nesta segunda-feira, investidores voltam o foco para negociações ligadas à reforma previdenciária, monitorando encontros de autoridades do governo com parlamentares e lideranças partidárias, o que deve se prolongar ao longo da semana.

Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes, às 15h. Ambos seguem depois juntos para uma cerimônia.

Em seguida, Guedes participa de evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico sobre os 100 primeiros dias de governo ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No que diz respeito aos 100 primeiros dias de governo, um terço dos brasileiros avaliam que Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo, mostrou uma pesquisa DataFolha divulgada no domingo, na pior avaliação para o período de um presidente em primeiro mandato desde a redemocratização do país.

Para agentes financeiros, a avaliação de governo não traz implicações para o câmbio, uma vez que a reforma da Previdência está avançando a despeito dos entreveros políticos.

"Não houve nada que pudesse comprometer, ou algo parecido. Claro que se continuar nesse ritmo das coisas ficarem muito atravessadas, o Bolsonaro falar demais, não é bom", avaliou Rodrigues.

Ele ponderou, no entanto, a existência de um ceticismo mais persistente com relação ao governo, o que fica visível na ausência de capital estrangeiro no mercado brasileiro.

No exterior, a agenda do dia deve ser tranquila antes de uma semana mais movimentada, com investidores aguardando notícias ligadas às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que devem ser retomadas na próxima semana, e também tendo o Brexit no radar.

Na quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) se reúne, enquanto o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.

O Banco Central vendeu o lote integral de 5.350 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta quinta-feira em operação de rolagem do vencimento maio. Em seis leilões neste mês, o BC já vendeu 1,605 bilhão de dólares nesses contratos. O lote a expirar em 2 de maio é de 5,343 bilhões de dólares

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