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Dólar tem leve queda ante real no início dos negócios

Investidores continuam à espera de pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope


	Dólar: às 9h10, a moeda norte-americana recuava 0,25%, a 2,2350 reais na venda
 (Getty Images)

Dólar: às 9h10, a moeda norte-americana recuava 0,25%, a 2,2350 reais na venda (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 10h34.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a depreciação da divisa em outros importantes mercados de câmbio diante de esperanças de apaziguamento da recente escalada das tensões na Ucrânia, apesar de informações conflitantes sobre a extensão de um acordo de cessar-fogo com a Rússia.

Investidores também continuavam à espera de pesquisas eleitorais com divulgação prevista para a partir desta quarta-feira. A expectativa que circula nas mesas de câmbio é de que os levantamentos dariam continuidade à tendência de queda das intenções de voto da presidente Dilma Rousseff (PT), que tem ajudado a divisa dos Estados Unidos a recuar nas últimas semanas.

Às 10h16, o dólar caía 0,53 por cento, a 2,2287 reais na venda, após recuar 0,19 por cento na véspera.

"O dólar está caindo lá fora, o que ajuda a sustentar a queda aqui. No fundo, o que acontece é que o mercado está consolidando a aposta de que, a menos que aconteça uma grande reviravolta, a Dilma não vai ser reeleita", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

As últimas pesquisas de intenção de voto têm mostrado a ex-senadora Marina Silva (PSB) à frente de Dilma num eventual segundo turno. Investidores, que criticam a política econômica do atual governo, receberam bem indicações de que Marina, se eleita, adotaria uma política econômica ortodoxa.

No front externo, o presidente da Ucrânia disse que o país chegou a um acordo de cessar-fogo com a Rússia, alimentando esperanças de arrefecimento das turbulências na região. Mais tarde, o Kremlin disse que foram discutidas medidas em direção da paz, mas não houve um cessar-fogo formal.

"Mesmo que esse acordo não se confirme, é uma indicação de que as coisas podem melhorar um pouco lá na Ucrânia. Isso deixa o investidor menos avesso a tomar risco", afirmou o operador de um banco internacional.

O apetite por moedas emergentes também era sustentado por números fortes sobre o setor de serviços da China, que permitem que o governo da segunda maior economia do mundo se atenha a sua política "direcionada" para manter o crescimento.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares. Foram vendidos 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 197,8 milhões de dólares.

Atualizado às 10h34

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