São Paulo - O dólar tinha leve queda ante o real nesta segunda-feira, refletindo expectativas de novos estímulos do Banco Central Europeu (BCE) e a percepção de que as chances de a presidente Dilma Rousseff (PT) ser derrotada nas eleições de outubro têm crescido.

Às 10h26, a moeda norte-americana caía 0,09 por cento, a 2,2369 reais na venda, perto das mínimas em mais de um mês.

O volume nesta sessão tende a ser menor, uma vez que os mercados norte-americanos não abrirão devido ao feriado do Dia do Trabalho.

"Hoje é um dia tranquilo e de poucas notícias, então o que acaba predominando são os fatores que têm levado o dólar a cair nas últimas sessões: as eleições no Brasil e o BCE lá fora", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho Luciano Rostagno.

Ele referia-se às expectativas de que o BCE adote um programa de compra de ativos para impulsionar a combalida economia da zona do euro, que mantinham o euro perto das mínimas em um ano sobre a moeda dos EUA. Segundo pesquisa da Reuters, a percepção é que isso deve ocorrer até março, injetando ainda mais liquidez nos mercados globais.

No Brasil, o mercado repercutia ainda a pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira, que mostrou que Marina Silva, candidata à Presidência pelo PSB, já aparece empatada com Dilma --que tem sido criticada pelos investidores-- no primeiro turno, derrotando-a com folga numa segunda rodada.

"Se as próximas pesquisas seguirem o tom dessa, o dólar vai continuar caindo", disse o operador de uma corretora nacional.

Pela manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 197,8 milhões de dólares.

Atualizado às 10h33