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Dólar tem leve queda ante real com atuação do BC

Às 10:52, a moeda americana recuava 0,13 por cento, a 3,4640 reais na venda, depois de ter fechado a véspera a 3,4685 reais

Dólar: na noite passada, o BC anunciou que voltaria a intervir no mercado de câmbio (Foto/Thinkstock)

Dólar: na noite passada, o BC anunciou que voltaria a intervir no mercado de câmbio (Foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 11h01.

São Paulo - O dólar operava em leve baixa ante o real nesta sexta-feira, após o Banco Central voltar a atuar no mercado diante do forte salto da moeda norte-americana na véspera, com os investidores cautelosos com a situação política doméstica e na expectativa por dados do mercado de trabalho norte-americano.

Às 10:52, o dólar recuava 0,13 por cento, a 3,4640 reais na venda, depois de ter fechado a véspera a 3,4685 reais, maior valor desde 16 de junho. O dólar futuro avançava 0,3 por cento.

"A atuação do BC foi perfeita, mas o interno deve falar mais alto ao longo do dia", destacou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.

Na noite passada, o BC anunciou que voltaria a intervir no mercado de câmbio nesta sessão, por meio da oferta de contratos de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a venda de dólares no mercado futuro e ajudam a conter a alta da moeda norte0americana.

A autoridade monetária vai ofertar até 15 mil contratos de swaps para a rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 5 bilhões de dólares. Se o BC mantiver essa mesma atuação e vender integralmente os swaps, encerrará a rolagem em sete lelões.

"Ao chamar o leilão agora, o BC sinaliza que não quer mais muito preço do que já está no mercado", destacou Muniz.

A última vez que o BC tinha atuado no mercado havia sido em 22 de novembro, quando concluiu a rolagem dos swaps que venceram de dezembro.

A proximidade do final de semana, para quando estão previstas manifestações populares no Brasil, e a cautela com a política nacional devem deixar os investidores na defensiva ao longo do dia.

A cena política brasileira voltou a ser motivo de temores junto ao mercado após a queda de mais um ministro (Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo) de Michel Temer na semana passada por denúncias e ao desendentimento entre Judiciário e Legislativo após a desconfiguração das medidas anticorrupção.

Todos esses embates podem dificultar a aprovação de importantes medicas econômicas do governo no Congresso Nacional. Além disso, há preocupação com o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht.

Ao longo da sessão, os investidores também vão monitorar o resultado do relatório do mercado de trabalho norte-americano, que deve reforçar as apostas de aperto monetário nos Estados Unidos.

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