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Dólar tem leve baixa em meio a estímulos divergentes

O dólar voltou ao território negativo e encerrou em baixa de 0,17% no balcão, a R$ 2,356


	Dólar: na mínima, às 9h25, a cotação atingiu R$ 2,346 (-0,59%) e, na máxima, às 10h29, marcou R$ 2,364 (+0,17%)
 (Getty Images)

Dólar: na mínima, às 9h25, a cotação atingiu R$ 2,346 (-0,59%) e, na máxima, às 10h29, marcou R$ 2,364 (+0,17%) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 17h50.

São Paulo - O dólar à vista negociado no balcão terminou em leve baixa nesta quarta-feira, 4, em meio a estímulos divergentes do Brasil e do exterior.

Pela manhã, a moeda norte-americana caiu ante o real, em sintonia com outras praças. À tarde, o dólar reduziu as perdas e chegou a subir levemente, influenciado pelos números ruins do fluxo cambial em agosto e pelo Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Profissionais do mercado mantiveram certa cautela antes do Livro Bege, à espera de indicações sobre o futuro do programa de estímulos do Fed. Como nenhuma novidade surgiu, o dólar voltou ao território negativo e encerrou em baixa de 0,17% no balcão, a R$ 2,356.

Na mínima, às 9h25, a cotação atingiu R$ 2,346 (-0,59%) e, na máxima, às 10h29, marcou R$ 2,364 (+0,17%). Perto das 16h30, o giro financeiro na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,225 bilhão. No mercado futuro, o dólar para outubro valia R$ 2,370 (-0,13%).

Pela manhã, a expectativa que antecede a divulgação do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos, na sexta-feira, 6, favoreceu um movimento de realização de lucros, com o dólar recuando sobre outras moedas de países emergentes.

O temor de um ataque à Síria também influenciou os negócios, em meio às negociações no Congresso norte-americano que podem autorizar a intervenção militar. No Brasil, o Banco Central vendeu 10 mil contratos de swap cambial (US$ 498,4 milhões) para 2/12/2013, dentro de sua estratégia de injeção diária de liquidez no mercado.


Neste cenário, a moeda à vista chegou a oscilar abaixo dos R$ 2,35, para depois voltar a operar acima dos R$ 2,36. Este movimento foi influenciado, segundo alguns profissionais, pela atuação de importadores, que aproveitam o patamar mais baixo da cotação para ir às compras.

Apesar disso, o dólar voltou a recuar ante o real, acompanhando o movimento que era visto no exterior. No entanto, a moeda tinha baixa ante o real inferior à vista em relação a outras divisas de países ligados a commodities, como o dólar australiano ou a rupia indiana.

Colaboraram para isso a expectativa antes da divulgação do Livro Bege e os dados do fluxo cambial que saíram no início da tarde. De acordo com o BC, em agosto o fluxo cambial total ficou negativo em US$ 5,85 bilhões. É a maior saída líquida de dólares do Brasil desde dezembro de 2012, quando ficou negativo em US$ 6,755 bilhões. As operações financeiras responderam por uma saída líquida de US$ 3,992 bilhões, enquanto o saldo comercial foi negativo em US$ 1,858 bilhão.

"O dólar está acompanhando o exterior hoje", comentou à tarde um operador de câmbio de um grande banco. Porém, a queda no Brasil, segundo ele, é menor porque no pregão anterior a moeda norte-americana havia registrado queda consistente. "E também tivemos os dados do fluxo cambial, que não vieram bons."

Com a divulgação do Livro Bege, o dólar chegou a registrar ganhos, mas apenas pontualmente. Como o documento não trouxe novidades de quando o Fed, de fato, iniciará a retirada de seus estímulos à economia - reduzindo a liquidez global -, a moeda americana aos poucos retomou a trajetória de baixa.

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