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Dólar recua de olho em cena eleitoral

Às 10h49, o dólar recuava 0,43%, a 3,7508 reais na venda, depois de subir 0,98% na última sessão

Dólar: no exterior, o dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e registrava leves altas sobre boa parte das moedas de países emergentes, como o peso chileno (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar: no exterior, o dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e registrava leves altas sobre boa parte das moedas de países emergentes, como o peso chileno (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 09h36.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 11h27.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, corrigindo parte da alta da véspera enquanto aguardava mais uma pesquisa de intenção de votos à Presidência, mas sem tirar do foco o cenário externo e a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Às 10:49, o dólar recuava 0,43 por cento, a 3,7508 reais na venda, depois de subir 0,98 por cento na última sessão. O dólar futuro recuava cerca de 0,15 por cento.

"O cenário eleitoral cada vez mais tende a influenciar os negócios", escreveu a Advanced Corretora em relatório, ao acrescentar que o mercado esperava a pesquisa da CNT/MDA apenas no Estado de São Paulo nesta manhã para "confirmar se de fato Alckmin teria se firmado na liderança quanto indicou o Ibope".

Semana passada, pesquisa do Ibope também realizada no Estado de São Paulo mostrou que Alckmin, ex-governador paulista, havia passado à frente do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, embora ainda continuassem em empate técnico.

O tucano é o candidato que mais agrada ao mercado por enxergar nele o perfil reformista que considera necessário para a economia. Há expectativas entre os investidores de que Alckmin ganhará tração após fechar acordo com partidos do blocão, garantindo maior tempo na campanha televisiva, e escolher a senadora Ana Amélia (PP) como sua vice.

No exterior, o dólar rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas e registrava leves altas sobre boa parte das moedas de países emergentes, como o peso chileno.

O noticiário sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China continuava a ser abastecido. Nesta quarta-feira, Pequim anunciou que vai impor tarifas adicionais de importação de 25 por cento sobre 16 bilhões de dólares em produtos norte-americanos, como resposta à mesma medida tomada pelos EUA na véspera.

"Deve-se ponderar que investidores seguem cada vez mais resilientes a essa situação, indicando maior maturidade e paciência no que tange ao tema, dado que o desfecho e futuros impactos dessa disputa ainda são de delicada análise", escreveu a H.Commcor Corretora.

Mais cedo, saíram os dados da balança comercial chinesa, que superaram as previsões, boas notícias para as autoridades que buscam amenizar o impacto da disputa comercial com os Estados Unidos.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de 5,255 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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