Dólar: Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio (foto/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 3 de julho de 2017 às 10h59.
São Paulo - O dólar trabalhava com leves baixas ante o real nesta segunda-feira, primeiro pregão de julho, com certo alívio diante do cenário político doméstico e também com baixo volume de negócios. O movimento de baixa, no entanto, era contido pela alta da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes.
Às 10:21, o dólar recuava 0,32 por cento, a 3,3021 reais na venda, depois de ter fechado o trimestre passado com salto de quase 6 por cento. O dólar futuro operava com leve queda de 0,20 por cento.
Para os investidores, o clima político estava um pouco mais ameno após o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixar a prisão preventiva, ainda que com restrições, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ter recebido o aval para retornar às atividades do seu mandato.
Ambos foram atingidos pelas denúncias de executivos do grupo J&F, que acabaram gerando também denúncia formal contra Temer por crime de corrupção passiva.
"O Aécio vota pela continuidade do PSDB no governo", afirmou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
A grande preocupação dos mercados financeiros é o andamento das reformas no Congresso Nacional, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.
O mercado local tinha baixo volume por conta do feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos no dia seguinte, que manterá as praças financeiras do país fechadas. Nesta segunda-feira, haverá pregão parcial por lá.
No exterior, o dólar trabalhava em alta ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em agosto, vencem 6,181 bilhões de dólares em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.