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Dólar tem leve baixa à espera de dados do mercado de trabalho dos EUA

Às 10h37, o dólar recuava 0,40%, a 3,7417 reais na venda, depois de recuar 0,06% na véspera, a 3,7566 reais

Dólar: o Banco Central realiza nesta sessão leilão de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares, com oferta de até 4,8 mil contratos (Ian Waldie/Reuters)

Dólar: o Banco Central realiza nesta sessão leilão de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares, com oferta de até 4,8 mil contratos (Ian Waldie/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 09h28.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 10h42.

São Paulo - O dólar operava em queda ante o real e abaixo de 3,75 reais depois que a criação de vagas no mercado de trabalho norte-americano desapontou em julho, dando força ao gradualismo no aumento de juros nos Estados Unidos, e com maior otimismo com o cenário político doméstico.

Às 10:37, o dólar recuava 0,40 por cento, a 3,7417 reais na venda, depois de recuar 0,06 por cento na véspera, a 3,7566 reais. Na mínima, a moeda foi a 3,7223 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,28 por cento.

"Os dados dos EUA não reforçaram uma conjuntura mais hawkish, então o mercado fica mais seguro para ir para o risco no curto prazo", explicou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, o crescimento do número de vagas de emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em julho, devido a dificuldades das empresas em encontrar trabalhadores qualificados, enquanto a taxa de desemprego diminuiu, indicando um aperto das condições no mercado de trabalho.

O número de empregos fora do setor agrícola aumentou em 157 mil no mês passado, ante previsão de abertura de 190 mil vagas. A taxa de desemprego caiu um décimo de ponto percentual para 3,9 por cento em julho, em linha com as previsões, mesmo com mais pessoas entrando no mercado de trabalho, em um sinal de confiança nas perspectivas de emprego.

O dólar operava com leves oscilações ante a cesta de moedas depois de cair após os dados do mercado de trabalho. Mais cedo, a moeda operava com queda mais acentuada após o banco central chinês elevar o depósito compulsório para posições futuras do iuan em moeda estrangeira, o que içou a moeda chinesa nesta sessão.

A guerra comercial entre EUA e China continuava no horizonte dos agentes, depois que a China anunciou tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos americanos em retaliação à maior tarifa anunciada pelo governo Trump sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses mais cedo nesta semana.

Além do relatório do mercado de trabalho norte-americano, a cena política local também favorecia o recuo do dólar ante o real nesta sessão, com os investidores satisfeitos com a escolha da senadora Ana Amélia (PP-RS) como vice na chapa do pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

"Foi uma escolha muito boa. Ela é defensora da Lava Jato, atrai votos do Sul, pode tirar votos de Alvaro Dias (pré-candidato do Podemos), é idônea", resumiu um gestor de uma corretora estrangeira.

"Depois do apoio do centrão, Alckmin acertou também nessa escolha", acrescentou.

No final de julho, o mercado ficou animado quando o tucano conquistou o apoio dos partidos do blocão, isolando o candidato do PDT, Ciro Gomes, e conquistando o maior tempo de campanha televisiva, o que pode impulsionar sua candidatura que, até o momento, ainda patina nas intenções de voto.

O mercado prefere o tucano por seu perfil reformista.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares, com oferta de até 4,8 mil contratos para rolagem do vencimento de setembro.

Se mantiver essa oferta e vendê-la até o final do mês, terá rolado o equivalente a 5,255 bilhões de dólares.

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