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Dólar tem leve alta e caminha para 3ª semana de valorização

Às 10:40, o dólar avançava 0,30 por cento, a 3,5574 reais na venda, depois de recuar 1,35 por cento na sessão passada

O dólar operava com leve alta ante o real nesta sexta-feira, com algum movimento de ajuste após o forte recuo da véspera (Ian Waldie/Reuters)

O dólar operava com leve alta ante o real nesta sexta-feira, com algum movimento de ajuste após o forte recuo da véspera (Ian Waldie/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de maio de 2018 às 10h59.

São Paulo - O dólar operava com leve alta ante o real nesta sexta-feira, com algum movimento de ajuste após o forte recuo da véspera, e caminhava para fechar a terceira semana seguida de valorização em meio ao cenário externo turbulento.

Às 10:40, o dólar avançava 0,30 por cento, a 3,5574 reais na venda, depois de recuar 1,35 por cento na sessão passada. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,10 por cento.

"Existe uma trajetória clara de valorização do dólar no mundo. A alta do petróleo sugere inflação e aperto monetário (nos Estados Unidos)", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Nas últimas semanas, os mercados globais reagiram diante da percepção de que os juros poderiam subir mais intensamente nos Estados Unidos neste ano em meio ao cenário de inflação e atividade mais fortes.

Juros elevados no país têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.

Nesta sessão, o dólar caía ante uma cesta de moedas, mas se encaminhava para a quarta semana seguida de valorização, sequência mais longa desde o quarto trimestre de 2016, com os mercados cada vez mais otimistas quanto às perspectivas para a moeda norte-americana nas próximas semanas.

Ante divisas de países emergentes, o dólar operava misto, em queda ante o peso chileno e alta ante a lira turca.

Internamente, a cena política continuava no radar dos mercados, a poucos meses das eleições presidenciais que têm se mostrado muito indefinida. Os mercados financeiros temem que um candidato que eles considerem menos comprometido com o ajuste fiscal possa despontar.

Na próxima segunda-feira, está prevista a divulgação da pesquisa CNT/MDA, cuja coleta dos dados ocorre entre 9 e 13 desse mês e, portanto, já deve captar para onde estão indo os eleitores que pretendiam votar em Joaquim Barbosa (PSB) depois que ele anunciou que não participará da disputa.

Em pesquisa Datafolha realizada no mês passado, Barbosa chegava a ter 10 por cento das intenções de voto em seu melhor cenário. Tanto analistas como políticos viam grande potencial na sua candidatura.

"Os mercados esperam por um candidato/chapa com viés reformista despontando nas pesquisas, o que não aconteceu até o momento", escreveu a Advanced Corretora em relatório.

O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os 5,650 bilhões de dólares que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.

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