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Dólar tem leve alta após Senado aprovar afastamento de Dilma

Às 9h10, o dólar avançava 0,30%, a 3,4559 reais na venda, após cair por duas sessões seguidas e fechar a 3,4456 reais na véspera


	Notas de dólar: às 9h10, o dólar avançava 0,30%, a 3,4559 reais na venda, após cair por duas sessões seguidas e fechar a 3,4456 reais na véspera
 (Adam Gault/Thinkstock)

Notas de dólar: às 9h10, o dólar avançava 0,30%, a 3,4559 reais na venda, após cair por duas sessões seguidas e fechar a 3,4456 reais na véspera (Adam Gault/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 10h55.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta quinta-feira, poucas horas depois de o Senado aprovar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, levando a seu afastamento por até 180 dias, como era esperado e em boa parte precificado pelo mercado.

A moeda norte-americana subia com a ação do Banco Central no mercado de câmbio logo pela manhã, por meio de leilão de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares.

Às 9:57, o dólar avançava 0,71%, a 3,4701 reais na venda, após cair por duas sessões seguidas e fechar a 3,4456 reais na véspera.

"A mudança (de governo) estava em parte precificada. Agora é a vez da realidade, de 'o que fazemos agora'?", disse o economista da consultoria 4Cast Pedro Tuesta, ressaltando que a ação do BC sustentava a alta do dólar no início dessa sessão.

O BC já anunciou e vendeu integralmente a oferta de até 20 mil swaps reversos, depois de, na véspera, ter realizado três leilões, oferecendo até 20 mil contratos em cada operação e vendendo 47.970 swaps.

Muitos operadores entendem que o BC não quer o dólar abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.

Do lado político, chamava a atenção o placar da decisão do Senado desta manhã, que aprovou por 55 votos a favor e 22 contra o afastamento temporário de Dilma, quantidade necessária para o impedimento definitivo da presidente, que ainda precisa ser decidido pela Casa.

Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer assume interinamente a Presidência e a expectativa é de que oficialize ainda nesta quinta-feia Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, como seu ministro da Fazenda, nome bem recebido pelos mercados.

O mercado esperava ainda a confirmação do nome que ficará à frente do BC. A expectativa é que o atual presidente Alexandre Tombini permaneça no cargo por um período de transição, que pode até ser até um pouco mais longo. Nesta quinta-feira, Dilma exonerou seus ministros, com exceção de Tombini.

Após o afastamento temporário de Dilma, os mercados financeiros ainda têm algum espaço para manter o recente otimismo por mais um tempo depois que Temer começar a colocar em prática as mudanças na condução da política econômica que já vinha sinalizando e tentar resgatar a confiança tão abalada nos últimos anos, uma vez que seu governo é visto como "market friendly".

"As autoridades precisam estabilizar uma economia que está experimentando uma das piores contrações na memória recente", disse o diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em relatório.

Matéria atualizada às 10h55

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