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Dólar tem leve alta ante real em dia de feriado nos EUA

Às 10:12, a moeda americana avançava 0,26 por cento, a 3,2738 reais na venda, depois de acumulado alta de 0,25 por cento na semana passada

Dólar: no Brasil, a crise política que eclodiu há quase duas semanas também continuava trazendo cautela ao mercado local (Purestock/Thinkstock)

Dólar: no Brasil, a crise política que eclodiu há quase duas semanas também continuava trazendo cautela ao mercado local (Purestock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 10h29.

São Paulo - Em dia de feriado nos Estados Unidos, o dólar tinha leve alta ante o real nesta segunda-feira, pregão que terá volume reduzido e com os investidores ainda focados na crise política doméstica que atingiu em cheio o governo do presidente Michel Temer.

Às 10:12, o dólar avançava 0,26 por cento, a 3,2738 reais na venda, depois de acumulado alta de 0,25 por cento na semana passada. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,40 por cento.

"A falta de liquidez deve provocar oscilações, com poucos negócios tendo mais influência sobre as cotações", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.

Os mercados financeiros nos Estados Unidos estão fechados nesta sessão por conta do feriado do Memorial Day, o que acaba reduzindo bastante o volume de negócios em outras praças porque os investidores evitam tomar posições sem essa importante referência.

No Brasil, a crise política que eclodiu há quase duas semanas também continuava trazendo cautela ao mercado local, com temores de que Temer --que está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)-- pode não ter força política para aprovar as reformas, em especial a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

Na véspera, Temer anunciou a troca do ministro da Justiça, nomeando para o cargo Torquato Jardim, que comandava o Ministério da Transparência, no lugar de Osmar Serraglio, movimento que pode ter como objetivo fortalecer a posição do presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às vésperas do início do julgamento que pode cassá-lo.

"Esses movimentos para tentar se manter no cargo não são bem vistos. Temer já perdeu parte da base, fica mais difícil aprovar as reformas", acrescentou Battistel.

O julgamento pelo TSE sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff/Temer está marcado para o próximo dia 6 e o mercado ainda trabalha com a expectativa de que ela será cassada e um nome de consenso entrará no lugar de Temer e dará andamento às reformas, mesmo que ainda mais desidratadas.

O Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de até 8 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em junho.

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