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Dólar fecha com leve alta ante o real após Fed não mexer nos juros

O dólar avançou 0,11 por cento, a 3,7589 reais na venda, depois de ir a 3,7707 reais na máxima do dia e, 3,7318 reais na mínima

Dólar: moeda futura tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: moeda futura tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 17h06.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 17h16.

São Paulo - O dólar fechou com leve alta ante o real nesta quarta-feira após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreender e manter sua taxa básica de juros, continuando a indicar que futuras e esperadas altas serão feitas de maneira gradual.

O dólar avançou 0,11 por cento, a 3,7589 reais na venda, depois de ir a 3,7707 reais na máxima do dia e, 3,7318 reais na mínima. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento.

"Ninguém esperava que o Fed elevasse as taxas hoje, e ninguém esperava que o comitê recuasse de seus planos de novos aumentos", afirmou o analista da gestora CIBC, Avery Shenfeld, em nota. "Então continua o dia", acrescentou.

Em sua decisão divulgada nesta tarde, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75 e 2 por cento, mas classificou a economia como forte, mantendo-o no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro.

Segundo cálculos do CME Group, os juros futuros dos EUA precificavam cerca de 90 por cento de chances de alta dos juros para o intervalo de 2 a 2,25 por cento em setembro e cerca de 70 por cento de apostas de outra elevação, para 2,25 a 2,50 por cento, em dezembro.

"Apesar da incerteza sobre a política comercial e críticas do presidente Donald Trump (sobre os juros), esperamos que a próxima alta ocorra em setembro", reforçou a Capital Economics em nota. E acrescentou: "O enfraquecimento do estímulo fiscal e o impacto crescente do aperto monetário farão com que o crescimento econômico diminua drasticamente, levando o Fed a interromper as elevações de juros em meados do próximo ano.

Os investidores estão de olho sobre os possíveis impactos da guerra comercial dos EUA contra outros países e na política monetária do Fed. Taxas mais elevadas nos EUA ajudam a atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

Ameaças de Trump de que elevaria de 10 por cento para 25 por cento as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses trouxeram alguma cautela aos negócios no começo e no final do dia. A China já prometeu que vai revidar se houver mais medidas.

No exterior, o dólar operava com pequena alta ante uma cesta de moedas e subia sobre boa parte das divisas de países emergentes, como o peso chileno, lira turca e rublo.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 240 milhões de dólares do total que vence em setembro. Esse foi o primeiro leilão para essa rolagem.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de 5,255 bilhões de dólares.

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