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Dólar tem correção, sobe e encosta em R$3,25

Nos últimos três pregões, a moeda norte-americana flertou com o patamar de 3,22 reais na mínima do dia, mas não conseguiu sustentar o nível de preços

Dólar: os investidores seguiram de olho no governo do presidente Michel Temer (Antonistock/Thinkstock)

Dólar: os investidores seguiram de olho no governo do presidente Michel Temer (Antonistock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 17h12.

São Paulo - O dólar fechou a terça-feira com alta e bem próximo ao nível de 3,25 reais, num movimento de correção influenciado pela cena externa em dia de agenda doméstica esvaziada e volume de negócios mais restrito.

O dólar avançou 0,31 por cento, a 3,2464 reais na venda, depois de acumular queda de 2,36 por cento neste início do ano até a véspera.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,2564 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,15 por cento.

"O mercado tem nos 3,23 reais um ponto de suporte que está difícil ultrapassar. Chega nesses níveis, entra pressão compradora", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multimoney, Durval Correa.

Nos últimos três pregões, a moeda norte-americana flertou com o patamar de 3,22 reais na mínima do dia, mas não conseguiu sustentar o nível de preços até o fechamento.

Como em janeiro o volume de negócios está mais enxuto, acaba favorecendo inversões mais rápidas na trajetória do dólar, com poucas operações interferindo na tendência.

"Assim que o mercado fica mais ofertado (de dólar), os preços começam a cair de novo", acrescentou Correa, ao lembrar que o ingresso de recursos na Bolsa de Valores têm contribuído para o recuo do dólar ante o real.

No exterior, o dólar operava em alta ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano, também em movimento de correção.

As moedas do mercado emergente começaram o ano com rali, uma vez que os sólidos números de crescimento econômico expulsaram os investidores do dólar e para ativos mais arriscados.

Como pano de fundo, os investidores seguiram de olho no governo do presidente Michel Temer e suas ações para tentar garantir votos suficientes para a reforma da Previdência.

O temor era de que o governo possa perder apoio político para aprovar a reforma diante do imbróglio formado pela indicação da nova ministra do Trabalho, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ).

Nesta tarde, o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Guilherme Couto de Castro, negou pedido do governo para derrubar liminar que suspende posse da nova ministra do Trabalho. A deputada já foi condenada na Justiça do Trabalho.

O governo vem tentando negociar para garantir apoio para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados em fevereiro, mas ainda tem dificuldades. A matéria é considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

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