Mercados

Dólar sobe, seguindo exterior, em meio a temores sobre juros nos EUA

Às 10:44, o dólar avançava 0,07 por cento, a 3,5330 reais na venda, depois de recuar 0,52 por cento na véspera

O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, em sintonia com o cenário externo (Gary Cameron/Reuters)

O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, em sintonia com o cenário externo (Gary Cameron/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 4 de maio de 2018 às 10h50.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, em sintonia com o cenário externo e ainda em meio a preocupações de juros mais altos nos Estados Unidos, o que pode afetar o fluxo de capital global, mesmo após divulgação de dados de emprego mais fracos que o esperado na maior economia do mundo.

Às 10:44, o dólar avançava 0,07 por cento, a 3,5330 reais na venda, depois de recuar 0,52 por cento na véspera depois de o Banco Central aumentar sua atuação no mercado de câmbio. O dólar futuro subia cerca de 0,15 por cento.

"O relatório foi mais fraco, mas... não tira a possibilidade de mais três altas (de juros nos Estados Unidos neste ano)", afirmou o diretor-geral da gestora Garín Investimentos, Richard Wahba. "Não tem inflação em disparada, mas tem inflação", acrescentou.

A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos ficou abaixo do esperado em abril e a taxa de desemprego caiu para a mínima de quase 17 anos e meio, a 3,9 por cento, uma vez que alguns norte-americanos desempregados deixaram a força de trabalho. O relatório de emprego também mostrou que os salários tiveram apenas leve alta no mês passado.

Antes da divulgação dos números, os juros futuros norte-americanos precificavam duas altas de juros até o final deste ano, mas com chances de uma terceira.

O dólar avançava ante uma cesta de moedas e a maioria das divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Nas últimas semanas, cresceu o temor nos mercados globais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais vezes neste ano diante de sinais de melhor desempenho da economia dos Estados Unidos e inflação maior.

Juros elevados no país têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.

Internamente, a ação mais forte do BC contribuía para um movimento mais leve de dólar em comparação a outras moedas. A autoridade monetária entrou no mercado depois de o dólar encostar em 3,55 reais e acumular ganho de 10 por cento nos três meses anteriores.

O BC realiza nesta sessão novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente 5,650 bilhões de dólares em swaps que vencem no mês que vem, além de colocar o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais no mercado.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólar

Mais de Mercados

Funcionário esconde R$ 750 milhões em despesas e provoca crise em gigante do varejo

TotalEnergies suspende investimentos no Grupo Adani após acusações de corrupção

Barclays é multada em mais e US$ 50 milhões por captar fundos ilegalmente no Catar

Ibovespa fica no zero a zero com investidores ainda à espera de anúncio do pacote fiscal