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Dólar sobe para R$3,15 com maior aversão ao risco no exterior

Trump alertou a Coreia do Norte que o país será atingido por "fogo e fúria" caso ameace os EUA; o país respondeu com a ameaça de lançar mísseis contra Guam

Dólar: a crescente tensão geopolítica gerou fuga do risco (Antonistock/Thinkstock)

Dólar: a crescente tensão geopolítica gerou fuga do risco (Antonistock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 17h25.

São Paulo - O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, retomando o patamar de 3,15 reais, diante do ambiente de maior aversão ao risco no exterior com o acirramento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte.

O dólar subiu 0,71 por cento, a 3,1523 reais na venda, fechando acima desse patamar pela primeira vez desde 27 de julho (3,1561 reais).

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,1539 reais, enquanto o dólar futuro subia cerca de 0,75 por cento no final da tarde.

"Nos mercados, vemos movimentos de realização de lucros desencadeados por declarações imprevistas", comentou a corretora Guide em relatório a clientes ao citar as ameaças trocadas entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Trump alertou a Coreia do Norte que o país será atingido por "fogo e fúria" caso ameace os EUA, levando a nação com armas nucleares a dizer que está considerando disparar mísseis contra a ilha de Guam, território norte-americano no Pacífico.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou à Reuters nesta quarta-feira que há espaço para que o cenário externo continue benigno e que o BC segue confortável com o nível atual de swaps cambiais, em torno de 28 bilhões de dólares.

"Conforto significa que não tem problema nenhum de aumentar ou de diminuir ou de ficar igual", disse ele, ao participar do Reuters Latin American Investment Summit.

A crescente tensão geopolítica gerou fuga do risco, levando o dólar a subir ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano e o rand sul-africano, e a se enfraquecer ante uma cesta de moedas fortes.

"Internamente, o dólar pedia por uma realização, em meio às dúvidas sobre a meta fiscal e sobre medidas para elevar os impostos", comentou o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, referindo-se às discussões sobre eventual redução da meta de déficit primário deste ano.

Somente em julho, a moeda norte-americana acumulou queda de 5,86 por cento frente ao real.

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