Dólar: no primeiro trimestre, no entanto, o dólar acumulou queda de 3,65% frente ao real (roberthyrons/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 31 de março de 2017 às 17h22.
Última atualização em 31 de março de 2017 às 18h13.
São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira em baixa, num movimento de correção após ter encostado em 3,18 reais no dia, mas encerrou março com alta acumulada, interrompendo três meses consecutivos de perdas.
O dólar recuou 0,41 por cento, a 3,1311 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,1792 reais no dia. O dólar futuro tinha queda de 0,60 por cento no final da tarde.
Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,73 por cento e fechou março com valorização de 0,57 por cento. Foi a primeira alta mensal desde o ganho de 6,18 por cento em novembro de 2016.
No primeiro trimestre, no entanto, o dólar acumulou queda de 3,65 por cento frente ao real.
"O pregão hoje foi bastante técnico, com volume forte e muito focado na formação da Ptax", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Durante a manhã, os investidores que defendiam uma Ptax mais alta compraram moeda norte-americana e a levaram a superar 1 por cento de ganhos.
A trajetória se inverteu após a tomada de preços para a taxa, no começo da tarde. A Ptax uma taxa do BC utilizada em diversos contratos cambiais.
Segundo operadores, o leilão de venda de dólares com compromisso de recompra feito pelo Banco Central evitou maiores baixas do dólar nesta sessão. Dos até 2 bilhões de dólares ofertados, o BC vendeu efetivamente apenas 550 milhões de dólares para rolagem de parte dos 4,4 bilhões de dólares vencem em abril.
"Além disso, o BC também vai deixar vencer boa parte do swap cambial, e tudo isso conteve o movimento de queda, juntamente com a cautela para os dados norte-americanos da próxima semana", emendou Silva, referindo-se aos swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- de abril, que o BC rolou cerca da metade. Em maio, vencem cerca de 6,4 bilhões de dólares em swaps.
Para abril, o mercado trabalha com volatilidade um pouco maior no mercado de câmbio, à medida que vai chegando mais perto a votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.