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Dólar sobe em meio a alívio de preocupação sobre guerra comercial

Às 12:00, o dólar avançava 0,83 por cento, a 3,3310 reais na venda, depois de bater 3,3341 reais na máxima do dia

Dólar iniciou a terça-feira em alta ante o real, acompanhando o movimento no exterior diante dos sinais de negociação entre China e Estados Unidos (Dado Ruvic/Reuters)

Dólar iniciou a terça-feira em alta ante o real, acompanhando o movimento no exterior diante dos sinais de negociação entre China e Estados Unidos (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de março de 2018 às 10h23.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 14h27.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta terça-feira, acompanhando a recuperação da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior após sinais de negociação entre China e Estados Unidos enfraquecerem os temores de guerra comercial.

Às 12:00, o dólar avançava 0,83 por cento, a 3,3310 reais na venda, depois de bater 3,3341 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha leve alta de 0,50 por cento.

"Apesar do alívio com a guerra comercial, há alguma preocupação geopolítica, com a questão russa", afirmou o gerente de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, recuperando-se da mínima de cinco semanas registrada na véspera. O dólar também avançava ante as moedas de países emergentes, como o peso chileno.

As preocupações com uma guerra comercial amenizaram um pouco depois que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse a parlamentares norte-americanos que a China está trabalhando para o diálogo com os Estados Unidos sobre o comércio, mas que está preparada para uma guerra comercial.

Além disso, o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, confirmou que o presidente Donald Trump pediu ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, para tentarem resolver as diferenças com a China.

O mercado também seguia de olho na questão diplomática envolvendo a Rússia. Nesta terça-feira, foi a vez de a Austrália informar que vai expulsar dois diplomatas russos em resposta a um ataque com uso de agente nervoso contra um ex-espião russo na Inglaterra, pelo qual o governo britânico responsabilizou Moscou.

Internamente, a cena política seguia no foco do mercado, à espera da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no caso do tríplex do Guarujá. Ele lidera as pesquisas de intenção de votos e é considerado pelo mercado menos comprometido com as contas públicas.

Os investidores estavam cautelosos por eventual anúncio do Banco Central para realização de leilão de linha, venda de dólares com compromisso de recompra. Vencem em 3 de abril 3,5 bilhões de dólares, segundo a assessoria de imprensa da autoridade monetária.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 8,4 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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