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Dólar sobe 1% em direção a R$ 4 após mudança na Fazenda

Às 9:08, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,9703 reais na venda, depois de avançar 1,48 por cento na sessão passada


	Dólar: às 9:08, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,9703 reais na venda
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: às 9:08, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,9703 reais na venda (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 09h38.

São Paulo - O dólar avançava cerca de 1 por cento e se aproximava de 4 reais nesta segunda-feira, após a escolha de Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda desagradar investidores, que temem que a troca represente um passo atrás no compromisso com a austeridade fiscal.

Às 10:18, o dólar avançava 0,91 por cento, a 3,9828 reais na venda, após subir 1,48 por cento na sexta-feira em meio a especulações antes da troca no comando da Fazenda. Na máxima desta sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,9923 reais.

O contrato futuro do dólar, que já havia reagido à nomeação de Barbosa após o fechamento do mercado à vista, recuava cerca de 0,1 por cento.

"Mais flexível na condução das políticas de ajuste fiscal necessárias ao equilíbrio das contas públicas, o ministro Barbosa, neste momento, representa um retrocesso", escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes. "As apostas majoritárias recaem sobre o aprofundamento da crise", acrescentou.

A escolha de Barbosa, anunciada na sexta-feira, foi entendida como uma clara sinalização de que a presidente Dilma Rousseff pretende promover mudanças na política econômica.

Barbosa tem um pensamento mais alinhado ao de Dilma, com mais foco na retomada do crescimento em meio ao agravamento da recessão e da crise política.

Outro motivo para a alta recente da moeda norte-americana foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar as principais teses do governo sobre o rito do processo de impeachment.

Operadores vêm reagindo bem à possibilidade de afastamento da presidente, com alguns avaliando que isso poderia destravar o ajuste fiscal. Outros salientam, porém, que a incerteza política tende a atrasar ainda mais a implementação de cortes de gastos e aumentos de impostos.

"A chance de haver um impeachment diminuiu e o mercado não gosta disso", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Pesquisa Datafolha feita com deputados federais mostra que há mais parlamentares decididos a votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff do que os que anunciam ser contrários ao afastamento dela, mas nenhum dos dois lados já tem os votos suficientes para sair vencedor, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira.

O Banco Central dará continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 10h38.

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