Mercados

Dólar sobe e volta a R$3,15 com movimento de correção

Até o meio da tarde, a moeda vinha exibindo pequenas variações, após Yellen não mencionar detalhes da política monetária do Fed em Jackson Hole

Dólar: fontes palacianas informaram que o governo adiou mais uma vez a retomada da negociação sobre reforma da Previdência (foto/Thinkstock)

Dólar: fontes palacianas informaram que o governo adiou mais uma vez a retomada da negociação sobre reforma da Previdência (foto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 18h12.

São Paulo - O dólar encerrou a sexta-feira em leve alta ante o real, com o investidor se valendo da notícia de que o governo adiou a retomada das negociações para a reforma da Previdência para promover uma correção nos preços.

Até o meio da tarde, a moeda vinha exibindo pequenas variações, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, não mencionar detalhes da política monetária do banco central dos Estados Unidos durante seu discurso em Jackson Hole, e à espera do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, no mesmo simpósio.

O dólar avançou 0,23 por cento, a 3,1544 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,1636 reais. Na semana, a moeda acumulou alta de 0,27 por cento. O dólar futuro subia cerca de 0,15 por cento.

"A notícia serviu de estopim para uma leve realização de lucros. O adiamento estressa, mas os investidores ainda não jogaram a toalha", comentou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Fontes palacianas ouvidas pela Reuters informaram que o governo adiou mais uma vez a retomada da negociação sobre reforma da Previdência, considerada fundamental para o ajuste fiscal, apesar de manter a aposta da aprovação até o final deste ano.

O governo vai tentar aprovar rapidamente as medidas econômicas enviadas ao Congresso, entre elas o aumento da meta de déficit fiscal para 2017 e 2018.

Embora sem muito vigor, o dólar trabalhou predominantemente em queda até o meio da tarde, após a chair do Fed não falar sobre política monetária em seu discurso.

Yellen disse que as reformas implementadas após a crise de 2007 a 2009 fortaleceram o sistema financeiro sem prejudicar o crescimento econômico, e qualquer mudança futura deve continuar modesta.

A fala do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em Jackson Hole, também não trouxe novidades sobre política monetária, o que favoreceu o avanço do euro ante o dólar.

A divisa norte-americana caía forte ante uma cesta de moedas fortes e também ante de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarFed – Federal Reserve SystemReforma da Previdência

Mais de Mercados

Dólar hoje: moeda sobe com declarações de Trump sobre tarifas comerciais recíprocas

BYD dispara na bolsa de Hong Kong com expectativa por nova tecnologia de piloto automático

Ibovespa opera em queda após Trump falar sobre tarifas recíprocas

Foxconn tenta comprar Nissan enquanto parceria com Honda enfrenta incertezas