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Dólar sobe e termina em R$3,16 com correção e cenário externo

A votação da reforma está marcada para o dia 19 de fevereiro, mas investidores estão atentos a notícias de que governo ainda não possui os votos

Dólar: "O dólar se fortaleceu no mundo e, aqui, não foi diferente. Investidores agora vão monitorar a Previdência" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Dólar: "O dólar se fortaleceu no mundo e, aqui, não foi diferente. Investidores agora vão monitorar a Previdência" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 17h36.

São Paulo - O dólar terminou em alta ante o real nesta segunda-feira, com movimento de correção após as recentes e fortes quedas diante da cena política interna e acompanhando também o movimento da moeda norte-americana no exterior.

O dólar BRBY avançou 0,84 por cento, a 3,1665 reais na venda, depois de acumular queda de quase 6 por cento nas últimas cinco semanas. Na máxima da sessão, a moeda foi a 3,1728 reais. O dólar futuro DOLc1 tinha alta de cerca de 0,35 por cento.

"O dólar se fortaleceu no mundo e, aqui, não foi diferente. Investidores agora vão monitorar a Previdência, embora as apostas de que ela passará sejam bem baixas", destacou um profissional da mesa de derivativos de uma corretora local.

A votação da reforma está marcada para o dia 19 de fevereiro em primeiro turno na Câmara dos Deputados, mas o governo ainda não possui os votos suficientes.

"Muitos apontam que a divisa (norte-americana) pode ficar abaixo de 3,10 reais, especialmente se a (reforma da) Previdência caminhar bem em fevereiro", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.

Na semana passada, o dólar exibiu forte queda, indo abaixo de 3,15 reais, com o mercado apostando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mais distante da corrida eleitoral deste ano, após sua condenação por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro ter sido confirmada por unanimidade em segunda instância. O petista é visto pelos investidores financeiros menos comprometido com medidas de ajuste fiscal.

Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) foram unânimes ao manter a condenação de Lula e elevaram sua pena a 12 anos e 1 mês de prisão, adicionando obstáculos jurídicos às pretensões do petista de disputar novamente a Presidência da República em outubro.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vão decidir até meados de setembro se vão barrar o registro da candidatura do ex-presidente Lula.

No exterior, o dólar operava em alta ante uma cesta de moedas, sustentado pelo avanço dos rendimentos dos títulos e por uma semana carregada de dados dos Estados Unidos, a começar pela decisão de política monetária do banco central do país na quarta-feira.

A moeda também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

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