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Dólar amplia queda após leilão de aeroportos e de olho no exterior

Às 12:55, o dólar recuava 0,87 por cento, a 3,8147 reais na venda

Dólar: moeda ampliou baixa ante o real nesta sexta-feira (Sarinya Pinngam/EyeEm/Getty Images)

Dólar: moeda ampliou baixa ante o real nesta sexta-feira (Sarinya Pinngam/EyeEm/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2019 às 09h25.

Última atualização em 15 de março de 2019 às 13h09.

São Paulo — O dólar acelerava as perdas contra o real nesta sexta-feira, 15, chegando a cair 1 por cento na mínima do dia, em meio à melhora no desempenho de ativos de risco no exterior e à firme demanda de estrangeiros no leilão de concessões de aeroportos brasileiros ocorrido nesta sessão, que terminou com as empresas ofertando 2,377 bilhões de reais.

Às 12:55, o dólar recuava 0,87 por cento, a 3,8147 reais na venda. Na véspera, a moeda fechou com alta de 0,91 por cento, a 3,8480 reais, rompendo uma sequência de quatro sessões de queda.

O dólar futuro caía cerca de 0,7 por cento, a 3,8180 reais.

O governo federal levantou 2,377 bilhões de reais em valor de outorga mínima com o leilão de três lotes de aeroportos nesta sexta-feira, num certame acirrado. O valor com outorga mínima representa um ágio de 986 por cento em relação ao valor mínimo fixado para o leilão.

"O sinal é muito bom", disse um profissional de uma gestora em São Paulo, referindo-se ao apetite do investidor estrangeiro. Os agentes internacionais de forma geral têm demonstrado maior cautela com os mercados brasileiros a despeito do otimismo após as eleições, com a justificativa de incerteza sobre o andamento da reforma da Previdência.

O mercado chega ao fim da semana no aguardo de avanços na tramitação da reforma previdenciária, focado mais especificamente no envio das novas regras da aposentadoria de militares, o que, segundo garantiu o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, ocorrerá até dia 20.

Investidores observam eventuais concessões dadas a militares após notícias de que a proposta de reforma da Previdência das Forças Armadas deve trazer um aumento no tempo de serviço e da contribuição dos militares.

A queda do dólar nesta sexta-feira ante o real também reflete o movimento da moeda norte-americana no exterior. Pares da divisa brasileira, como peso mexicano e rand sul-africano, operavam em alta de até 0,7 por cento, beneficiados pela visão de que o Federal Reserve manterá sua postura paciente em relação a futuras altas de juros.

Corroborando essa percepção, dados mostraram que a produção manufatureira nos EUA caiu pelo segundo mês consecutivo em fevereiro.

O noticiário sobre as negociações comerciais entre China e EUA também influencia positivamente o mercado cambial doméstico. A agência estatal chinesa Xinhua desta sexta-feira de que o vice-premiê chinês, Liu He, conversou por telefone com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio, Robert Lighthizer, e que os lados tiveram progresso, alimentava uma busca por risco.

A declaração do premiê chinês de que há outras medidas de política monetária que podem ser usadas para sustentar o crescimento econômico endossava este sentimento, uma vez que podem impedir que a desaceleração na economia chinesa, que se expande no ritmo mais lento em quase três décadas, se agrave.

O Banco Central vendeu nesta sexta-feira todos os 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem. A colocação dos swaps tradicionais equivale a uma venda de dólar no mercado futuro.

Em oito operações para rolagem do vencimento abril, o total de swaps com vencimento estendido soma 5,800 bilhões de dólares. O lote inicial a expirar em 1º de abril é de 12,321 bilhões de dólares.

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