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Dólar sobe com temor por reforma da Previdência e lista de Fachin

O movimento ocorreu após jornal publicar que o ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer

Dólar: "A governabilidade pode ficar comprometida com a indicação dos ministros. Além disso, há vários integrantes da base governista na lista e pode prejudicar a aprovação da reforma da Previdência", comentou o chefe da mesa de operações (foto/Thinkstock)

Dólar: "A governabilidade pode ficar comprometida com a indicação dos ministros. Além disso, há vários integrantes da base governista na lista e pode prejudicar a aprovação da reforma da Previdência", comentou o chefe da mesa de operações (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2017 às 17h17.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta terça-feira, com a cena política voltando a preocupar o andamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

O movimento ocorreu após o site do jornal O Estado de S. Paulo publicar que o ministro Edson Fachin, relator dos processos relativos à operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo do presidente Michel Temer e outros políticos da base aliada.

O dólar avançou 0,29 por cento, a 3,1480 reais na venda, depois de marcar a mínima a 3,1252 reais no dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,40 por cento no final da tarde.

"A governabilidade pode ficar comprometida com a indicação dos ministros. Além disso, há vários integrantes da base governista na lista e pode prejudicar a aprovação da reforma da Previdência", comentou o chefe da mesa de operações de uma corretora local.

Segundo a reportagem, o grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF com base nas delações dos executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado.

A PGR pediu investigações contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Integração Nacional), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Blairo Maggi (Agricultura), Bruno Araújo (Cidades), Roberto Freire (Cultura) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Segundo o jornal, Padilha e Kassab responderão em duas investigações cada.

Até a públicação da notícia, já na reta final do pregão, o dólar tinha leves variações ante o real por conta da percepção de que o governo conseguiria aprovar a reforma da Previdência, após esforços do governo junto à base aliada.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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