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Dólar sobe com expectativas por Federal Reserve

O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3900, uma alta de 0,63%


	Dólares: fator que pressionou o dólar foi o fluxo cambial na última semana de dezembro
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: fator que pressionou o dólar foi o fluxo cambial na última semana de dezembro (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 16h02.

São Paulo - O dólar subiu nesta quarta-feira, impulsionado pelas expectativas com o Federal Reserve. A ata da reunião de dezembro do banco central norte-americana, quando foi anunciada a primeira redução nos estímulos, sai às 17 horas.

Além disso, um dado melhor do que o esperado sobre o mercado de trabalho eleva nos EUA a possibilidade do corte nas compras de bônus continuar nos próximos meses. Internamente, a produção industrial melhor do que o esperado e o fluxo cambial negativo também tiveram efeito importante sobre os negócios.

O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3900, uma alta de 0,63%. Por volta das 16h30, o giro estava em torno de US$ 1,09 bilhão, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 0,67%, a R$ 2,4045. O volume de negociação estava perto de US$ 10,54 bilhões.

Nesta quarta-feira, 08, a ADP divulgou que o setor privado dos EUA criou 238 mil vagas em dezembro, acima da previsão de 200 mil postos. Com esse número, vários analistas começam a revisar suas previsões para o payroll, que sai na sexta-feira, 10, e engloba também a criação de vagas no setor público. Segundo pesquisa da Dow Jones Newswire, a previsão no momento é de 191 mil vagas.

Nesse cenário, a ata da reunião do Fed é aguardada com ansiedade. Na tarde de ontem, o presidente do Fed de São Francisco, John Willians, saudou hoje a decisão do banco central norte-americano em dezembro de começar a reduzir em US$ 10 bilhões a compra de bônus mensal a partir do mês de janeiro. Willians, que não vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) neste ano, disse que espera que o Fed reduza ainda mais os estímulos e encerre o programa em algum momento de 2014.

No noticiário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial caiu 0,2% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio melhor que as expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que estimaram uma queda entre 0,60% e 1,50%, com mediana negativa de 1,00%.

Na comparação com novembro de 2012, a produção subiu 0,4%. Nesta comparação, as estimativas foram de queda de 0,50% a 1,90%, o que gerou também mediana negativa de 1,00%. Em 2013, a produção da indústria acumula alta de 1,4% até novembro. E, em 12 meses, a alta é de 1,1%.

Outro fator que pressionou o dólar foi o fluxo cambial na última semana de dezembro. A saída de dólares do País superou a entrada em US$ 2,196 bilhões na semana passada, conforme o Banco Central.

Com isso, o fluxo ficou negativo em US$ 8,780 bilhões em dezembro, a maior saída mensal desde setembro de 1998. No resultado final de 2013, o saldo ficou negativo US$ 12,261 bilhões, o pior resultado desde 2002.

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