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Dólar sobe com cena externa e cautela política no Brasil

O Banco Central ainda não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente pelo sétimo pregão seguido


	Dólar: às 9h07, o dólar avançava 0,46%, a 3,4192 reais na venda, após subir 1% na véspera
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: às 9h07, o dólar avançava 0,46%, a 3,4192 reais na venda, após subir 1% na véspera (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 11h33.

São Paulo - O dólar avançava frente ao real nesta sexta-feira, dando continuidade ao movimento da sessão anterior em meio ao ambiente externo desfavorável e à cautela com o cenário político nacional.

A percepção de que o Banco Central não deve voltar a atuar para sustentar a divisa, reforçada por sua ausência nas últimas oito sessões incluindo esta, limitava os ganhos.

Às 10:25, o dólar avançava 0,64%, a 3,4252 reais na venda, após avançar 1% na sessão passada.

"O movimento de aversão ao risco permanece, mas o BC continua silencioso", resumiu o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

A divisa norte-americana novamente avançava em relação às principais moedas emergentes, com investidores preferindo a segurança do dólar. O movimento vinha menos de duas semanas antes do referendo que decidirá sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia e em linha com a queda dos preços do petróleo.

Operadores também favoreciam estratégias defensivas diante da instabilidade política no Brasil. A presidente afastada Dilma Rousseff defendeu a realização de uma consulta popular sobre a antecipação das eleições presidenciais de 2018 caso retorne ao Palácio do Planalto.

Alguns operadores viram na entrevista um incentivo para que senadores indecisos votem pelo retorno de Dilma ao governo, atualmente ocupado pelo presidente interino Michel Temer. As medidas econômicas e a postura defendida pela equipe econômica de Temer vêm sendo bem recebidas pelo mercado, de maneira geral.

O avanço do dólar era limitado, porém, pela falta de novas intervenções cambiais do BC. A autoridade monetária não realiza leilões de swap reverso --que equivalem a compra futura de dólares-- desde 18 de maio, mesmo com a moeda norte-americana recuando para seus menores níveis em quase um ano.

Até então, o BC vinha intervindo praticamente sempre que o dólar recuava abaixo de 3,50 reais, em uma estratégia interpretada por alguns operadores como uma tentativa de proteger as exportações do Brasil.

Matéria atualizada às 11h33

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