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Dólar sobe com BC, apesar de política local e humor externo

O BC fará nesta sessão leilão de até 80 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares


	Dólares: o BC fará nesta sessão leilão de até 80 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólares: o BC fará nesta sessão leilão de até 80 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 11h08.

São Paulo - O dólar tinha alta frente ao real nesta quarta-feira na esteira da intensa atuação do Banco Central, que compensava em parte o efeito das crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Às 10h34, o dólar avançava 0,62%, a 3,5165 reais na venda, após terminar quase estável na sessão passada e atingir 3,5287 reais na máxima desta sessão. O dólar futuro avançava 0,60%.

"Muita gente que havia feito hedge cambial se desfez dessa posição nos dois últimos dias e o BC aproveitou esse movimento para acelerar a redução do estoque (de swaps tradicionais)", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

"Acho que boa parte desse ajuste já aconteceu, mas ainda temos alguns dias até a votação do impeachment então não dá para descartar volatilidade", acrescentou.

O BC manteve a estratégia de atuar forte no mercado, após fazer na véspera cinco leilões de swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares, e vender 160 mil contratos. Neste pregão, já vendeu outros 57 mil contratos, da oferta de até 80 mil.

Em seguida, anunciou outro leilão com oferta dos restantes até 23 mil swaps ainda para esta manhã. Além disso, o BC não divulgou leilão de rolagem dos swaps tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares, que vencem no mês que vem.

A intervenção vem no momento em que crescentes apostas no impeachment de Dilma trazem a moeda norte-americana para baixo.

Muitos operadores entendem que eventual troca de governo poderia atrair capitais de volta ao país.

A perspectiva de impeachment ganhou mais força na noite passada com o desembarque do PP do governo.

Segundo o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), maioria "expressiva" da bancada é favorável ao impeachment, mas não há fechamento de questão sobre a votação.

O PRB, que também era da base do governo, anunciou que sua bancadas na Congresso votarão a favor do impeachment.

A Câmara dos Deputados votará sobre a abertura do processo de impeachment no domingo.

Pesquisa realizada por um importante banco internacional com clientes sugere que o cenário de impeachment estaria precificado nos mercados em pouco mais de 70%, na média.

Nos mercados externos, dados fortes sobre o comércio na China traziam algum alívio ao câmbio, apesar do recuo dos preços do petróleo.

Matéria atualizada às 11h08 

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