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Dólar sobe com ação de importadores e acompanhando exterior

Dólar operava em alta, seguindo cenário externo e importadores aproveitando para comprar moeda


	Dólar: importadores aproveitaram as baixas cotações para comprar moeda, o que está pressionando o preço
 (Karen Bleier/AFP)

Dólar: importadores aproveitaram as baixas cotações para comprar moeda, o que está pressionando o preço (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 11h27.

São Paulo - O dólar anulou a queda e passava a subir sobre o real nesta quinta-feira, com importadores aproveitando as baixas cotações para comprar a moeda norte-americana, que chegou à casa dos 3,16 reais na mínima do dia diante da perspectiva de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não vai elevar as taxas de juros tão cedo.

A moeda norte-americana também passava a subir frente a outras divisas de países emergentes após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer que não foi discutido aumentar os estímulos monetários na reunião desta manhã.

Às 11:13, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,2128 reais na venda, depois de bater 3,1656 reais na mínima do dia e 3,2187 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,40 por cento.

"Importadores aproveitaram para comprar dólar com os preços atrativos e isso joga pressão sobre a moeda", disse o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

Mais cedo, o dólar acompanhou o movimento no mercado externo após, na véspera, o Fed divulgar seu Livro Bege e informar que a economia dos Estados Unidos expandiu a um ritmo modesto em julho e agosto, mas que havia poucos sinais de que as pressões salariais estão sendo sentidas além dos postos de trabalho altamente qualificados.

Durante a manhã, foi divulgado que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, indicando força sustentada do mercado de trabalho, mesmo com o ritmo de crescimento desacelerando.

O movimento de queda do dólar perdeu força, inclusive no exterior, após o BCE indicar que não vai elevar seu programa de estímulos, levando o dólar a subir frente as moedas de emergentes.

Mais cedo, o dólar recuou também diante do fato de as importações dos chineses terem crescido em agosto, pela primeira vez em 22 meses, sugerindo que a demanda doméstica pode estar se recuperando, alimentando expectativas de melhor desempenho da economia global.

No fronte interno, a queda da moeda norte-americana ante o real mais cedo também foi favorecida pela notícia de que o governo de Michel Temer vai encaminhar a proposta de reforma da Previdência até o final do mês, antes das eleições municipais, considerada um dos principais pontos para colocar as contas públicas do país em ordem.

Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou como "inócua" a proposta, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, argumentando que ela somente dar entrada na Casa no início de outubro mesmo.

O Banco Central realizou nesta manhã nova oferta de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

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