Dólar: no radar está o novo leilão de até 9.500 contratos de swap cambial (US$ 475 milhões) no fim da manhã (Dado Ruvic/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 10h15.
São Paulo - O dólar forte em meio à queda de commodities no exterior influencia a demanda e alta da moeda americana frente o real na manhã desta quarta-feira, 7, segundo profissionais de câmbio.
Os agentes financeiros estão na expectativa pela decisão do Copom para a taxa Selic - com apostas majoritárias em mais um corte de 0,25 pp, para 6,75%, que pode ser o último do atual ciclo. O anúncio do Copom e o comunicado da reunião serão divulgados após o fechamento dos mercados.
A moeda americana já desacelerou pontualmente o ganho intraday em meio aos ajustes de posições, após a queda no fim desta terça-feira, 6, mas também repõe posição, buscando um preço em meio à alta do dólar ante o real no mercado de moedas emergentes, disse o gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos.
Para o diretor da corretora Mirae Pablo Spyer, a volatilidade persiste e a cautela segue na ordem do dia. "As incertezas locais (reforma da Previdência e eleições) vão trazer mais volatilidade aos negócios", avalia.
Às 9h29 desta quarta-feira, o dólar à vista subia 0,22%, aos R$ 3,2498. O dólar futuro de março ganhava 0,45%, aos R$ 3,2575.
No radar está o novo leilão de até 9.500 contratos de swap cambial (US$ 475 milhões) no fim da manhã. Na terça, o Banco Central vendeu o lote integral de US$ 475 milhões (9.500 contratos), o que ajudou na queda do dólar ante o real, na contramão do exterior.
O mercado está atento aos desdobramentos do café da manhã do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que acontece agora na residência de Maia em Brasília (9h). Também vai monitorar a entrevista coletiva do líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do relator da Reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), às 10h, para apresentar um novo texto sobre a reforma da Previdência.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça que a votação está mantida para o próximo dia 20 de fevereiro.