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Dólar sobe ante real com maior aversão ao risco no exterior

O dólar avançou 0,27%, a 3,6970 reais na venda, depois de cair 1,01% nas duas sessões anteriores

Dólar: na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,30% (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,30% (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 17h09.

Última atualização em 8 de janeiro de 2019 às 11h02.

São Paulo - O dólar encerrou a terça-feira em alta ante o real, após duas quedas consecutivas, em sintonia com o movimento de maior aversão ao risco no exterior, com preocupações com China, Itália e Brexit, mas tendo como pano de fundo o otimismo com o desfecho eleitoral doméstico.

O dólar avançou 0,27 por cento, a 3,6970 reais na venda, depois de cair 1,01 por cento nas duas sessões anteriores.

Na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,20 por cento.

O dólar encerrou a terça-feira em alta ante o real, após duas quedas consecutivas, em sintonia com o movimento de maior aversão ao risco no exterior, com preocupações com China, Itália e Brexit, mas tendo como pano de fundo o otimismo com o desfecho eleitoral doméstico.

O dólar recuou 0,74 por cento, a 3,6872 reais na venda, depois de cair 1,01 por cento nas duas sessões anteriores.

Na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,30 por cento.

"Os investidores seguem na 'lua-de-mel' com Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial, mas muito dificilmente irão ignorar o cenário internacional", já havia adiantado no início do dia a H.Commcor Corretora em relatório.

No exterior, o dólar tinha leve baixa ante a cesta de moedas, e operava misto ante divisas emergentes, em alta ante o peso argentino, rublo e com destaque para a lira turca, em meio à expectativa de que um discurso do presidente turco, Tayyip Erdogan, forneça mais detalhes sobre a investigação do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

Também estavam preocupando os agentes o desempenho da economia chinesa e o impasse para a saída do Reino Unido da União Europeia, além da situação italiana.

A Comissão Europeia rejeitou nesta terça-feira a proposta orçamentária da Itália para 2019 porque o plano infringe as regras da União Europeia de forma "nunca vista antes", e pediu que Roma envie uma nova proposta dentro de três semanas ou enfrente medida disciplinares.

A Itália, por sua vez, reconheceu que seu plano de orçamento viola as regras da UE, mas insistiu que ainda seguirá em frente com ele.

Eleições

Internamente, os investidores já colocaram no preço a maior parte da expectativa de vitória de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial, no próximo domingo, embora a confirmação do fato abra espaço para alguma queda adicional do dólar ante o real.

Desta forma, as últimas pesquisas eleitorais têm sido acompanhadas para captar algum efeito-surpresa, visto que a ampla vantagem do capitão da reserva já não é mais novidade. Nesta noite, sai novo levantamento Ibope/Estadão/TV Globo.

O novo, assim, fica com o noticiário político, com a formação da equipe do novo governo e medidas que serão implementadas, com o mercado interessado principalmente no ajuste fiscal.

O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 6,16 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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