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Dólar sobe ante real com exterior, mas de olho em fluxo

Às 11:25, a moeda americana avançava 0,25 por cento, a 3,1250 reais na venda, depois de bater 3,1302 reais na máxima do dia

Dólar: Banco Central continuava fora do mercado de câmbio, sem anunciar qualquer intervenção para esta sessão (Purestock/Thinkstock)

Dólar: Banco Central continuava fora do mercado de câmbio, sem anunciar qualquer intervenção para esta sessão (Purestock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 12h05.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 15h09.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta quarta-feira, influenciado pelo movimento da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior diante dos temores políticos decorrentes das eleições na França e Alemanha, mas ainda contido pela expectativa de ingresso de recursos no Brasil.

Às 11:25, o dólar avançava 0,25 por cento, a 3,1250 reais na venda, depois de bater 3,1302 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha alta de 0,10 por cento.

"O mercado está bem parecido com o de ontem, embalado pelas captações externas, que seguram o movimento de elevação", avaliou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, sobretudo com a fraqueza do euro diante do risco político ao projeto de moeda única.

Na França, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen tem mostrado alguma força para as eleições, apesar de pesquisas de opinião mostrarem o candidato independente Emmanuel Macron, de centro, como o provável vencedor do pleito.

O mercado também estava de olho nas eleições na Alemanha, onde o Partido Social-Democrata obteve 31 por cento das intenções de voto em pesquisa divulgada mais cedo, beneficiando-se da indicação de Martin Schulz como líder, diminuindo a distância dos conservadores da chanceler alemã, Angela Merkel.

Internamente, o movimento de valorização do dólar vem sendo contido em razão da expectativa de ingresso de recursos no Brasil diante das recentes captações de empresas no exterior.

"A perspectiva de fluxo vem suavizando a aversão a risco que coloca pressão na moeda (norte-americana) devido a questões externas", resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora doméstica.

O Banco Central continuava fora do mercado de câmbio, sem anunciar qualquer intervenção para esta sessão, por enquanto.

À medida que os dias vão avançando, a ausência do BC pode causar alguma pressão de alta sobre o dólar, uma vez que os investidores que aguardavam sinais sobre a rolagem do swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- de março podem se proteger. Vencem o equivalente a 6,954 bilhões de dólares no mês que vem.

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