Mercados

Dólar sobe ante o real sob influência do exterior

Dados positivos sobre a economia americana elevaram as apostas de aumento de juros nos EUA, um dos fatores provocaram a alta


	Dólar: o dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,32%, aos R$ 3,1150
 (Getty Images)

Dólar: o dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,32%, aos R$ 3,1150 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 17h29.

São Paulo - O avanço do dólar ante várias divisas no exterior abriu espaço para a alta do dólar ante o real nesta sexta-feira, 12. O movimento foi influenciado por dados positivos sobre a economia americana, que elevaram as apostas de aumento de juros nos EUA, e pelas persistentes preocupações com o futuro da Grécia na zona do euro.

O dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,32%, aos R$ 3,1150. Na mínima do dia, às 9h15, a moeda chegou oscilar no território negativo, a R$ 3,0930 (-0,39%). Mas depois disso a tendência de alta se sobrepôs e o dólar foi até a máxima de R$ 3,1260 (+0,68%) às 11h28.

Da mínima para essa máxima, a oscilação foi de +1,07%. Perto das 16h30, o dólar para julho - o mais líquido e que fecha apenas às 18 horas - tinha ganhos de 0,84%, aos R$ 3,1365. Na semana, o dólar recuou 1,11% e, no acumulado do mês, caiu 2,20%.

Pela manhã, alguns números divulgados nos EUA reforçaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode subir juros nos próximos meses, talvez já em setembro. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla e inglês) subiu 0,5% em maio ante abril, pouco acima da previsão de +0,4%. Após esse número, o dólar se fortaleceu no exterior e passou a registrar ganhos ante o real no Brasil.

Depois, foi a vez de a Universidade de Michigan informar que seu índice de sentimento do consumidor subiu 94,6 em junho, acima da previsão de 91,5, o que fortaleceu ainda mais a busca por dólares.

Ao mesmo tempo, a decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) em deixar as negociações com a Grécia, diante da incapacidade dos envolvidos em fazer avanços, pesou sobre o euro mais cedo e contribuiu para o avanço do dólar ante outras divisas. À tarde, o euro passou a sustentar ganhos, mas a moeda americana seguiu em firme alta ante divisas de países emergentes ou ligados a commodities.

Profissionais disseram que, apesar do viés de alta para o dólar ante o real, a moeda novamente mostrou não ter tanto fôlego para alcançar patamares mais altos. Tudo porque, com a Selic elevada, permanece uma expectativa de fluxo positivo de capitais para o Brasil.

Perto das 16h30, o giro do dólar à vista era de US$ 1,043 bilhão (US$ 1,005 bilhão em D+2) no Brasil, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa, sendo que profissionais também citaram certo movimento de compra de dólares por importadores pela manhã, o que contribuiu para um dólar mais elevado.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEstados Unidos (EUA)CâmbioDólarMoedasReal

Mais de Mercados

B3 reforça estratégia em duplicatas com aquisição de R$ 37 milhões

Sob 'efeito Coelho Diniz', GPA fecha segundo dia seguido entre maiores altas da bolsa

Trump diz que está preparado para disputa judicial pela demissão de Lisa Cook do Fed

Dólar fecha em leve alta de a R$ 5,43 com dados do IPCA-15