Nota de um dólar (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2011 às 17h46.
São Paulo - Pelo quinto dia seguido em alta, o dólar comercial subiu 0,79% hoje e fechou cotado a R$ 1,663 no mercado interbancário de câmbio, o maior valor desde 21 de março deste ano. No mês de setembro, o dólar acumula alta de 4,33%. No ano, a moeda americana acumula agora pequena queda de 0,06%.
O dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) subiu 0,91% hoje para R$ 1,661. O Banco Central fez um leilão de compra de dólar à tarde, e fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,6605. O euro comercial ficou estável a R$ 2,325 no mercado interbancário de câmbio.
O ajuste das cotações com aumento dos volumes negociados acompanhou a valorização da divisa dos EUA no mercado global de moedas diante do acirramento das tensões com a crise de dívida europeia, sobretudo da Grécia, que minou o euro. O dólar também serviu de refúgio para os investidores, após uma ação pesada do Banco Central da Suíça para conter a valorização recente do franco suíço.
No mercado de câmbio brasileiro, a perspectiva de nova redução da taxa Selic (juro básico da economia brasileira) este ano amparou a continuidade das compras à vista e no mercado futuro de câmbio, onde players estrangeiros já mudaram suas posições de venda para compra. A expectativa é de mais reduções do fluxo financeiro para o País diante da redução esperada do diferencial de juros interno e externo e de eventuais novas medidas cambiais pelo governo brasileiro.
No mercado internacional, o euro atingiu hoje o nível mais baixo em relação ao dólar desde o dia 13 de julho, de US$ 1,3973, por causa do receio dos investidores de que a Europa não consiga solucionar a crise fiscal da Grécia nem impedir o contágio sobre a zona do euro. Além disso, para se defender da valorização excessiva do franco suíço, o Banco Nacional Suíço (SNB, banco central) adotou um piso na cotação, de 1,2 franco para cada euro e disse que está preparado para comprar moeda estrangeira em quantidades ilimitadas. O anúncio provocou forte desvalorização do franco suíço. Em Nova York, por volta das 16h50, o euro caía a US$ 1,40. A moeda operava a 1,2062 franco suíço.