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Dólar sobe 1% por medida do BC e temor na Europa

A moeda chegou a ser cotada há uma semana nos menores níveis desde janeiro de 1999, perto de R$ 1,55

O Banco Central tenta frear a queda do dólar, lançando mão de um leilão de swap cambial reverso além das compras habituais no mercado à vista (Karen Bleier/AFP)

O Banco Central tenta frear a queda do dólar, lançando mão de um leilão de swap cambial reverso além das compras habituais no mercado à vista (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 13h49.

São Paulo - O dólar subia cerca de 1 por cento nesta segunda-feira, após a redução do limite de compulsório sobre a posição dos bancos no mercado de câmbio e o aumento da aversão a risco no mercado internacional.

Às 13h19, o dólar era cotado a 1,580 real para venda, em alta de 0,96 por cento.

A taxa Ptax , usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5796 real para venda, em alta de 1,04 por cento.

O Banco Central, em mais uma tentativa de frear a queda do dólar, determinou na noite de sexta-feira o recolhimento de um depósito compulsório sobre a posição vendida dos bancos que exceder 1 bilhão de dólares, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência, o que for menor.

Desde abril esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares. O governo já havia reforçado na semana passada o arsenal contra a baixa do dólar, lançando mão de um leilão de swap cambial reverso além das compras habituais no mercado à vista.

O dólar chegou a ser cotado há uma semana nos menores níveis desde janeiro de 1999, perto de 1,55 real.

"Devemos esperar o mercado digerir essa nova medida e encontrar um nível de equilíbrio no curto prazo antes de recomendarmos outra vez a venda de dólares", escreveu Diego Donadio, estrategista do BNP Paribas.

O limite mais rígido sobre as posições vendidas dos bancos no mercado à vista atingia também o cupom cambial. O contrato mais curto do FRA (forward rate agreement) de cupom cambial disparava a 3,86 por cento, em alta de quase 1 ponto percentual ante sexta-feira.

A alta do dólar no Brasil era favorecida, ainda pelo clima no mercado global. O dólar subia 1,04 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas, como o euro , que era cotado nos menores níveis em seis semanas.

A aversão a risco era estimulada pela preocupação com a crise na Europa. Autoridades da zona do euro se reuniam em Bruxelas nesta segunda-feira para discutir os problemas na Grécia e a ameaça de contágio na Itália.

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