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Dólar segue reação à Grécia e cai 0,8%

São Paulo - O dólar caiu 0,79 por cento nesta segunda-feira, com o mercado aproveitando o clima favorável após os detalhes do plano de ajuda à Grécia para intensificar as vendas de moeda estrangeira em uma sessão com volume acima da média. A moeda norte-americana terminou o dia a 1,759 real. No mês, a baixa do […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - O dólar caiu 0,79 por cento nesta segunda-feira, com o mercado aproveitando o clima favorável após os detalhes do plano de ajuda à Grécia para intensificar as vendas de moeda estrangeira em uma sessão com volume acima da média.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,759 real. No mês, a baixa do dólar alcança 1,24 por cento e, no ano, a divisa tem alta acumulada de 0,92 por cento.

A principal influência sobre a taxa de câmbio nesta sessão foi o comportamento do euro, segundo profissionais ouvidos pela Reuters. A moeda comum chegou a subir mais de 1 por cento, ao maior nível em quase um mês, após o anúncio de que a ajuda de países da zona do euro para a Grécia terá o montante de 30 bilhões de euros neste ano.

Os gregos reafirmaram que ainda não pretendem usar a ajuda, que pode ser complementada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em relação a uma cesta com as principais moedas no exterior, o dólar caía 0,6 por cento durante o fechamento dos negócios no Brasil.

Operações de giro inflam volume

O mercado local teve volume de mais de 6 bilhões de dólares, segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa pouco antes do fechamento. Neste mês, a sessão com maior volume, na terça-feira passada, havia movimentado 4,4 bilhões de dólares.


 

Operadores monitoravam desde o começo do dia a possibilidade de operações pontuais de fluxo, como uma saída de cerca de 400 milhões de dólares no setor agrícola, ou entradas referentes a operações no mercado de capitais.

Mas segundo três profissionais, ao longo do dia, a maior parte do movimento aconteceu por causa de operações "de giro" --quando tesourarias de bancos compram e vendem dólares sem uma operação específica de entrada ou saída de moeda do país, com o objetivo de tentar influenciar a cotação do dólar.

Além dessas operações, o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, disse que muitas instituições venderam dólares em "stop-loss", desfazendo-se de antigas posições compradas que já não pareciam favoráveis.

Agora, com o dólar próximo de 1,75 real, há opiniões divergentes sobre o fôlego da queda. Para o operador de uma corretora local, o dólar deve cair ao longo da semana em meio ao alívio cada vez mais consolidado com a questão grega.

"Vai depender muito do fluxo. Se a tendência (dos estrangeiros) for alocar em emergentes, vai bem rápido."

Já para o gerente, "o mercado está trabalhando em 'range' (intervalo) e esse ponto seria o de compra". Mas ele ressalva, com base no posicionamento das instituições financeiras: "se romper, vai rápido para 1,70 real".

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