São Paulo - O dólar registrava depreciação acentuada frente ao real nesta quarta-feira, estendendo para o quarto dia a série de baixas, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado.

Às 10h53 (horário de Brasília), a divisa dos Estados Unidos era negociada a 1,8307 real para venda, em baixa de 1,03 por cento . A cotação declinou 2,24 por cento nas últimas três sessões, após atingir o maior patamar desde o início de outubro, acima de 1,90.

Em novembro como um todo, porém, o dólar ainda acumula valorização de mais de 8 por cento.

Um fator de otimismo, que incentivava o apetite por risco dos mercados internacionais, era o corte do depósito compulsório bancário na China. A primeira medida do tipo desde dezembro de 2008 e deve ter efeito de estímulo sobre a atividade econômica do país, que é o maior parceiro comercial individual do Brasil.

Em relação a uma cesta de moedas, o dólar operava em leva alta. Os futuros do índice S&P 500 apontavam uma abertura no azul para as bolsas de Nova York.

O mercado doméstico também operava com expectativas pela decisão da Selic pelo Copom, hoje em 11,50 por cento ao ano.

Analistas ouvidos pela Reuters preveem redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira. Uma baixa maior dos juros ou sinais de que o ciclo de afrouxamento monetário será prolongado pode influenciar a taxa de câmbio.

Os estrangeiros aumentaram a aposta na queda da moeda dos Estados Unidos recentemente, com cerca de 3,538 bilhões de dólares de posições vendidas em contratos de dólar futuro e cupom cambial (DDI), segundo dados da BM&FBovespa.