Mercados

Dólar renova mínima desde agosto de 2008, a R$1,609

São Paulo - O dólar renovou a mínima em 32 meses frente ao real nesta terça-feira, conforme o mercado testou a disposição do governo em permitir que a moeda desça ao patamar psicológico de 1,60 real. Pela manhã, a cotação oscilou perto da estabilidade, mas à tarde firmou queda reagindo a "leve" fluxo positivo, de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 17h30.

São Paulo - O dólar renovou a mínima em 32 meses frente ao real nesta terça-feira, conforme o mercado testou a disposição do governo em permitir que a moeda desça ao patamar psicológico de 1,60 real.

Pela manhã, a cotação oscilou perto da estabilidade, mas à tarde firmou queda reagindo a "leve" fluxo positivo, de acordo com operadores.

No fechamento, o dólar caiu 0,25 por cento, a 1,609 real na venda, mesmo patamar em que encerrou em 8 de agosto de 2008, antes da quebra do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers, que acentuou a crise financeira global.

"A tendência agora é cair com um pouco menos de intensidade, mas ainda cair", afirmou José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

"O mercado chegou a 1,65 (real) e demorou para romper esse patamar. Agora vai testar 1,60 (real) e está de olho no governo para saber se pode caminhar até esse nível", acrescentou.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "o governo vai continuar fazendo medidas para conter o excesso de dólares", mas ponderou que esse excesso de moeda estrangeira é melhor que a falta vista no passado.

"Pela primeira fez, ele (o ministro) deu um sinal positivo a essa realidade (de abundância de dólares)... Então, parece que está começando a baixar a guarda um pouco", comentou o operador de câmbio de uma instituição estrangeira, em nota.

Investidores repercutiram sem sobressaltos à ampliação na regra sobre cobrança de IOF, anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na noite de segunda-feira.

A partir de agora, não só a contratação de empréstimos externos, mas também a renovação, repactuação e assunção desses financiamentos terão de ser feitas via operações de câmbio simultâneo .

"Com este normativo, a autoridade monetária 'fechou' importante 'brecha' remanescente para que os tomadores de empréstimos externos, com base em empréstimos externos já 'em ser' antes da norma e que agora ficam sem a possibilidade de extensão de prazos adicionais de até um ano, sem pagar o IOF de 6 por cento", escreveu Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora.

No exterior, o dólar pouco oscilava, com oscilação negativa de de 0,01 por cento frente a uma cesta de divisas. O euro operava também praticamente estável, dividido entre o corte do rating de Portugal pela Moody's e perspectivas de que o Banco Central Europeu (BCE) eleve o juro na zona de moeda única já na quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney