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Dólar reduz ímpeto e termina sessão em leve alta sobre real

Com a defesa do ajuste fiscal afastando a moeda das máximas da sessão, o dólar fechou em ligeira alta


	Nota de dólar: a moeda americana teve variação positiva de 0,09%, a R$ 3,0979 na venda
 (Arquivo/Agência Brasil)

Nota de dólar: a moeda americana teve variação positiva de 0,09%, a R$ 3,0979 na venda (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 17h46.

São Paulo - O dólar fechou em ligeira alta nesta segunda-feira, com a defesa do ajuste fiscal pelos ministros da Fazenda e da Casa Civil afastando a divisa das máximas da sessão.

A moeda norte-americana teve variação positiva de 0,09 por cento, a 3,0979 reais na venda, em um dia marcado por baixo volume, com importantes praças financeiras globais fechadas por feriado.

Na máxima do dia, o dólar foi negociado a 3,1341 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de 703 milhões de dólares.

Na sexta-feira, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou corte de 69,9 bilhões de reais nos gastos do governo em 2015. Um dos mentores da disciplina fiscal no Brasil, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não compareceu à entrevista, alimentando especulações sobre possíveis discordâncias dentro do governo.

"O mercado não trabalha com a hipótese de o Levy sair do governo, mas há indícios de que houve uma briga interna", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

No entanto, entrevista coletiva nesta segunda-feira no fim da manhã de Levy e do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, atenuou os ânimos de investidores.

Os dois defenderam o ajuste fiscal e prometeram intensificar os esforços para aprovar as medidas de reequilíbrio das contas públicas no Congresso.

"Toda vez que há alguma dúvida sobre o comprometimento com o ajuste fiscal, o governo faz questão de defender as medidas de ajuste em público. Pelo menos sabemos que ele não desistiu", disse o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato.

A pressão cambial vista na sessão refletiu também expectativas de que os juros comecem a subir ainda neste ano nos Estados Unidos, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados no Brasil. Na sessão passada, dados mostrando aceleração do núcleo da inflação ao consumidor norte-americano e discurso da chair do Fed, Janet Yellen, reforçaram essas apostas.

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 6,301 bilhões de dólares, ou cerca de 65 por cento do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.

Texto atualizado às 17h46

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