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Dólar recua pela 12ª vez seguida e registra maior sequência de quedas desde o Plano Real

Cotada a R$ 5,7712, cotação da moeda foi afetada por acordo tarifário dos EUA, decisão do Copom e cenário doméstico estável como fatores-chave

Dólar: Essa é a maior sequência de desvalorizações da moeda norte-americana desde o Plano Real (	SimpleImages/Getty Images)

Dólar: Essa é a maior sequência de desvalorizações da moeda norte-americana desde o Plano Real ( SimpleImages/Getty Images)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 17h47.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2025 às 18h44.

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O dólar à vista fechou em queda pelo 12º pregão consecutivo nesta terça-feira, 4, atingindo R$ 5,7712. Esse é o menor patamar desde novembro de 2024. É, também, a maior sequência de desvalorizações da moeda norte-americana desde a criação do Plano Real, em 1994, por causa da banda cambial. Desconsiderando esse fator, essa é a maior sequência de quedas desde 2005.

Nesta terça-feira, a moeda recuou 0,76%, um patamar relevante. Para Fábio Astrauskas, economista e CEO da Siegen, a desvalorização está ligada ao recente acordo tarifário dos Estados Unidos com o México e o Canadá. “A rápida mudança na guerra tarifária alterou a trajetória do dólar”, explica. Donald Trump sinalizou também estar disposto a conversar com o presidente chinês, Xi Jinping.

Outro fator determinante foi a expectativa em torno das próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a trajetória de alta na taxa Selic. Na Ata do Copom divulgada hoje, a sinalização do Comitê é de que mais uma alta de 1 ponto percentual. Segundo Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank, esse movimento contribui para a valorização do real. “Com juros elevados no Brasil e sem grandes ruídos políticos, o fluxo de entrada de capital aumenta, favorecendo o real”, afirma.

No acumulado de 2025, o dólar já caiu cerca de 6% frente ao real. Especialistas apontam que a continuidade dessa tendência dependerá da evolução das políticas comerciais dos EUA, das decisões do Copom e da estabilidade econômica no Brasil.

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