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Dólar recua monitorando Previdência e em véspera de Fed e Copom

Às 12:03, o dólar recuava 0,24 por cento, a 3,7824 reais na venda

Dólar: moeda americana recuava ante o real durante pregão desta terça-feira (19) (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: moeda americana recuava ante o real durante pregão desta terça-feira (19) (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2019 às 09h16.

Última atualização em 19 de março de 2019 às 12h12.

São Paulo — O dólar recuava ante o real no início da sessão desta terça-feira, com certo otimismo no mercado ligado à Previdência antes do envio da proposta da reforma das aposentadorias dos militares ao Congresso e das decisões do Federal Reserve e Copom.

Às 12:03, o dólar recuava 0,24 por cento, a 3,7824 reais na venda. Na véspera, a moeda encerrou com recuo de 0,76 por cento, a 3,7916 reais, menor patamar em cerca de duas semanas.

O dólar futuro caía 0,28 por cento.

A expectativa dos mercados é de que o Fed reforce a postura de "paciência" com relação a novas altas de juros, com investidores precificando 99 por cento de probabilidade de o banco central norte-americano não alterar a taxa de juros na quarta-feira.

Agentes financeiros vão observar em particular se as autoridades do BC norte-americano reduziram de forma suficiente suas estimativas de juros para se alinharem melhor ao "dot plot", diagrama que mostra as visões individuais das autoridades para os próximos três anos.

Em antecipação à decisão do Federal Reserve, o movimento do mercado de câmbio local acompanhava o exterior, onde o dólar recuava cerca de 0,1 por cento frente a uma cesta de moedas.

Com relação ao BC brasileiro, a expectativa para a reunião do Copom é de que não haja mudança na política monetária também na quarta-feira, mas investidores observarão a primeira decisão da autoridade monetária sob a presidência de Roberto Campos Neto.

Participantes do mercado aguardam com certo otimismo novos desdobramentos da reforma da Previdência, mais especificamente o envio da proposta de reforma previdenciária das Forças Armadas ao Congresso, previsto para quarta-feira.

"Internamente os processos estão andando, o dólar deu uma queda em função dessas novidades. A questão política também está um pouco mais tranquila. Claro que, a qualquer mudança de humor na questão da Previdência, o dólar pode dar uma revertida", afirmou o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

Na segunda-feira, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, reforçou o compromisso do governo em apresentar o texto ao Congresso na quarta-feira, acrescentando que o projeto prevê uma reestruturação na carreira dos servidores.

"O maior receio dos investidores gira em torno da economia que será produzida pela reforma do sistema previdenciário das Forças Armadas, o atual cenário no qual um gasto de 10 bilhões será produzido nos dez primeiros anos antes de começar a realizar uma economia de fato não está caindo muito bem tanto para o mercado como para os deputados em geral", afirmou a corretora H.Commcor em nota.

Também na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está acompanhando o presidente Jair Bolsonaro em visita oficial a Washington, disse que o governo está correndo para finalizar o projeto para que ele seja enviado dentro do prazo previsto, acrescentando que Bolsonaro ainda não tinha visto o texto.

O Banco Central voltou a colocar todos os 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta terça-feira, em operação equivalente à venda de dólar no mercado futuro e visa postergar o vencimento de contratos que inicialmente expirariam em 1º de abril.

Em 10 leilões, o BC já rolou um total de 7,250 bilhões de dólares. O estoque total a vencer em abril é de 12,321 bilhões de dólares.

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