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Dólar recua e vai abaixo de R$3,25 com fluxo de entrada

Depois de subir por três pregões seguidos, dólar voltou cair, com ingresso de recursos e um dia depois que o FED confirmou que caminha para elevar os juros

Dólar: no exterior, o dólar caía ante a cesta, frente ao euro e também perdia força diante de moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano. (foto/Thinkstock)

Dólar: no exterior, o dólar caía ante a cesta, frente ao euro e também perdia força diante de moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano. (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 17h14.

São Paulo - Depois de subir por três pregões seguidos, o dólar voltou cair nesta quinta-feira, indo abaixo de 3,25 reais, com ingresso de recursos no país e sintonizado ao movimento no exterior, um dia depois que o Federal Reserve, banco central norte-americano, confirmou que caminha para elevar os juros neste ano, mas sem surpresas.

O dólar recuou 0,40 por cento, a 3,2486 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,2426 reais e a máxima de 3,2740 reais. Nos três pregões anteriores, a moeda norte-americana havia subido 1,26 por cento.

O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,80 por cento no final da tarde.

"O fluxo de ingresso de recursos está forte", afirmou mais cedo o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

No exterior, o dólar caía ante a cesta, frente ao euro e também perdia força diante de moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O movimento vinha também após os membros do Banco Central Europeu (BCE) informarem que era cedo para sinalizar normalização da política monetária na região, mesmo que estivesse crescendo a confiança de que a inflação finalmente voltará à meta.

Mais cedo, o dólar subiu um pouco frente ao real na esteira da ata do encontro de política monetária do Fed na véspera, pela qual mostrou mais confiança na necessidade de continuar elevando os juros, com a maioria acreditando que a inflação vai subir.

As avaliações eram de que o Fed vai subir os juros três vezes neste ano, como o indicado pela própria autoridade monetária. Taxas mais altas na maior economia do mundo tendem a atrair recursos aplicados em outras praças, como a brasileira..

"A ata do Fed não foi agressiva... No entanto, eles insinuaram uma inquietação em relação aos riscos de inflação à frente", comentou o economista-chefe do banco suíço Julius Baer, Janwillem Acket, em nota.

"Com os dados relacionados à inflação publicados desde essa reunião e a política fiscal expansionista à frente, temos que nos preparar para um tom mais determinado nas próximas reuniões, com todas as possíveis repercussões nos mercados", acrescentou.

Internamente, o mercado seguiu monitorando o cenário político, após o governo desistir da votação da reforma da Previdência.

O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem do vencimento de março. Desta forma, já rolou 4,750 bilhões de dólares do total de 6,154 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.

Mantido esse volume diário até o final do mês e vendendo os lotes todos, rolará integralmente os swaps que vencem agora.

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