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Dólar cai 0,73% e vai abaixo de R$3,15 após Fed

O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros na faixa entre 1 e 1,25% na reunião desta semana

Dólar: "(A decisão do Fed) veio exatamente como esperado pelo mercado", afirmou um gerente (Getty Images/Getty Images)

Dólar: "(A decisão do Fed) veio exatamente como esperado pelo mercado", afirmou um gerente (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2017 às 16h14.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 17h57.

São Paulo - O dólar encerrou a quarta-feira em queda e abaixo de 3,15 reais, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, ter mantido a taxa de juros da maior economia do mundo e informado que vai começar a retirar sua ferramenta de estímulo "relativamente em breve", dentro do esperado.

O dólar recuou 0,73 por cento, a 3,1442 reais na venda, após subir nas três sessões anteriores. Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,1377 reais.

O dólar futuro caía cerca de 1 por cento no final da tarde.

"'Relativamente em breve' não é o mesmo que 'em breve' e deixa a opção de esperar (a normalização do balanço patrimonial) para além de setembro", afirmou o analista-chefe de câmbio da Forexlive, em Montreal (Canadá), Adam Button.

O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros na faixa entre 1 e 1,25 por cento e informou que espera "começar a implementar seu programa de normalização do balanço patrimonial relativamente em breve".

Juros mais elevados nos Estados Unidos têm o potencial de atrair recursos hoje aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

"(A decisão do Fed) veio exatamente como esperado pelo mercado", afirmou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

No exterior, o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e também recuava ante divisas de países emergentes.

Internamente, os investidores também terão notícias sobre política monetária. Nesta noite, será anunciado o desfecho do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com apostas amplamente majoritárias e já precificadas de corte da Selic em 1 ponto percentual, para 9,25 por cento.

Os investidores também trabalharam de olho no cenário fiscal do país, após a suspensão do aumento dos impostos sobre combustíveis pela Justiça. O governo recorreu da decisão e argumentou que, sem essas receitas, a máquina pública pode ser afetada.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não há, no momento, decisão de alterar a meta fiscal para o ano, de déficit primário de 139 bilhões de reais. Segundo ele, se a alta de impostos sobre combustíveis for vetada em definitivo pela Justiça, o governo buscará outros impostos para repor as perdas.

Nesta tarde, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o governo estuda postergar o reajuste salarial já aprovado para servidores públicos, dentro de esforço para contenção das despesas públicas.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou 5,395 bilhões de dólares do total de 6,181 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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