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Dólar recua com investidores se desfazendo da moeda

Na abertura, a moeda foi negociada a R$ 3,0000, com perda de 0,30%


	Dólar: às 9h30, o dólar à vista caía 0,60%, a R$ 2,9910
 (Karen Bleier/AFP)

Dólar: às 9h30, o dólar à vista caía 0,60%, a R$ 2,9910 (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 10h20.

São Paulo - O dólar à vista no balcão abriu nesta sexta-feira, 6, em baixa, com vendas para uma realização de lucros, após ter fechado na quinta-feira, 5, no maior valor desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,009).

Os investidores aguardam a divulgação, às 10h30, do relatório oficial de emprego nos Estados Unidos, que tende a definir a direção dos negócios.

Às 9h30, o dólar à vista caía 0,60%, a R$ 2,9910. Na abertura, a moeda foi negociada a R$ 3,0000, com perda de 0,30%.

No mercado futuro, o dólar para abril tinha queda de 0,31, a R$ 3,0150, depois de abrir cotado a R$ 3,035 (+0,35%).

Embora haja realização, outros fatores limitam a queda, entre eles: a persistente tensão em Brasília, em meio à expectativa pela divulgação oficial da Lista de Janot - ou nomes investigados no âmbito da Operação Lava Jato -, incertezas em relação ao programa de swaps cambiais do Banco Central e fortalecimento do dólar no exterior ante o euro e algumas moedas de países emergentes e exportadores de commodities.

Mais cedo, saiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que registrou alta de 1,22% em fevereiro, ante avanço de 1,24% em janeiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado, embora represente ligeira desaceleração, ficou acima do teto das estimativas apuradas por levantamento AE Projeções, que iam de 1,01% a 1,21%.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em 12 meses, o avanço acumulado é de 7,70%, o que representa a maior alta para um período como este desde maio de 2005 (+8,05%).

O mercado doméstico está de olho ainda em eventuais informações sobre a reunião entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, hoje. O tema do encontro não foi revelado.

Mas o foco tanto aqui quanto no exterior está mais concentrado nos Estados Unidos, onde o payroll, logo mais, pode dar pistas sobre quando pode ter início o processo de normalização monetária pelo Federal Reserve.

A previsão é de que tenham sido criadas 240 mil vagas, de 257 mil em janeiro, com a taxa de desemprego cedendo a 5,6%, de 5,7% em janeiro.

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