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Dólar recua com exterior, em dia de atuação do BC

Moeda norte-americana recuou 0,70%, a R$ 3,8942 na venda

Dólar: moeda terminou o dia em sintonia com o comportamento da divisa no ambiente internacional (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: moeda terminou o dia em sintonia com o comportamento da divisa no ambiente internacional (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 17h31.

São Paulo - O dólar terminou a quinta-feira em queda ante o real, em sintonia com o comportamento da divisa norte-americana no ambiente internacional, em dia de nova atuação do Banco Central no mercado cambial doméstico.

O dólar recuou 0,70 por cento, a 3,8942 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,8783 reais e a máxima de 3,9469 reais. O dólar futuro cedia 0,65 por cento.

"Houve pressão pela manhã para a formação da Ptax. Depois, o mercado olhou mais fundamentos... dados de confiança dos EUA vieram fracos. Há forte pressão sobre o Fed em relação aos juros", disse o operador de câmbio José Carlos Amado, da corretora Necton.

No exterior, o dólar caía forte ante uma cesta de moedas, em movimento ajudado pelo fraco índice de confiança do consumidor norte-americano de novembro, quando atingiu o menor nível desde julho.

O dado pode ser um indício de que a guerra comercial entre Estados Unidos e China já estaria enfraquecendo a economia -dados divulgados na China esta madrugada também foram mais fracos -, mantendo a cautela dos agentes com o desfecho das negociações.

Com isso, o mercado acompanha de perto a atuação do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre juros. A autoridade indicou que pode subir as taxas duas vezes em 2019, mas o mercado espera que o movimento seja ainda mais suave.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem feito críticas ao Federal Reserve e ao seu chairman, Jerome Powell, repetidas vezes.

"Trump já deixou claro que não quer mais que o Fed suba os juros", destacou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Internamente, a formação da taxa Ptax de final de mês -usada na liquidação de vários derivativos cambiais -, elevou um pouco a volatilidade dos negócios nesta sessão, sobretudo em ambiente de volume mais reduzido na reta final de ano.

"O dólar já está operando com pouca liquidez. Os leilões de linha não estão sendo suficientes para gerar liquidez. Tudo o que está sendo oferecido está sendo tomado", disse mais cedo Fernanda, ao citar a atuação do Banco Central oferecendo recursos para garantir liquidez ao mercado.

O BC fez dois leilões de linha - venda com compromisso de recompra - nos quais injetou 1 bilhão de dólares.

Foi o sétimo leilão de linha realizado pela autoridade monetária apenas em dezembro, quando injetou 8 bilhões de dólares até essa sessão. No final de novembro, já havia colocado 3 bilhões de dólares, além de ter rolado 1,25 bilhão de dólares que venceria no início de dezembro.

A autoridade também anunciou que pretende fazer a rolagem integral do vencimento de 10,373 bilhões de dólares em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- de janeiro ao informar que começará a rolagem na próxima quarta-feira, dia 2, com oferta de até 13,4 mil contratos.

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