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Dólar recua com correção, mas cautela com política continua

Às 10:25, a moeda americana recuava 0,16 por cento, a 3,3256 reais na venda, depois de subir a 3,3308 reais no pregão passado

Dólar: Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (Foto/Thinkstock)

Dólar: Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (Foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2017 às 10h54.

São Paulo - O dólar trabalhava em baixa ante o real nesta quarta-feira, corrigindo parte do salto de quase 1,5 por cento da véspera, mas com as atenções ainda voltadas para o cenário político e desdobramentos que possam sinalizar o desfecho das reformas em tramitação no Congresso Nacional.

Às 10:25, o dólar recuava 0,16 por cento, a 3,3256 reais na venda, depois de subir a 3,3308 reais no pregão passado. O dólar futuro tinha queda de 0,25 por cento.

"A tendência é a moeda gravitar ao redor de 3,30 reais, mas qualquer fato novo que atrapalhe o andamento das reformas pode pressionar as cotações", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.

Na véspera, o governo sofreu importante derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que rejeitou o texto principal da reforma trabalhista, ascendendo o sinal amarelo dos investidores ao expôr a fragilidade da base aliada e colocando em dúvida também a aprovação da reforma da Previdência.

Mesmo assim, seguia o plano do governo de apresentação de um parecer pela constitucionalidade da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, e sua votação na próxima semana, deixando a proposta pronta para o plenário a partir do dia 28.

"A expectativa continua sendo de aprovação da medida (na CCJ), contudo, a derrota de ontem deixa nítido que a governabilidade de Temer está bastante comprometida", resumiu a corretora Coinvalores em relatório.

Temer está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva, após delações de executivos do grupo J&F.

O recuo do dólar ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes no exterior, como a lira turca e o peso chileno, também contribuía para a trajetória doméstica, segundo profissionais.

O Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho.

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