Mercados

Dólar fecha em queda com esperança de mais estímulos econômicos nos EUA

Donald Trump disse que considera reduzir imposto de renda e cortar impostos sobre ganho de capital

Dólar (JamieB/Getty Images)

Dólar (JamieB/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 17h00.

Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 17h12.

O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 11, com o maior apetite por risco no mundo, após o presidente Donald Trump anunciar que avalia cortar impostos sobre ganho de capital e reduzir impostos de renda de famílias de classe média. O dólar comercial caiu 0,9% e encerrou cotado sendo vendido por 5,415 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo encerrou cotado a 5,71 reais.

No exterior, a moeda americana também teve um dia de perdas contra outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo e a lira turca.

“Há uma expectativa favorável de que Trump faça esses cortes de impostos. É injeção direta de capital”, comentou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

A queda de internações em alguns estados americanos, como Califórnia, também tem sido comemorada no mercado.

Enquanto isso, na Rússia, a primeira vacina contra o coronavírus foi registrada. A intenção do governo russo é fazer vacinação em massa já a partir de outubro deste ano. Por outro lado, há grandes dúvidas com relação a sua eficácia, já que seu desenvolvimento não seguiu os mesmos padrões de transparência de empresas como Pfizer, Moderna e AstraZeneca, que também estão na corrida pela vacina.

Por isso, para Laatus, o efeito do registro da vacina russa nos mercados é limitado. “Eles fizeram um processo obscuro”, comentou.

Por outro lado, já próximo do fim do pregão, as falas do senador republicano Mitch McConnell sobre as dificuldades para chegar a um acordo com democratas para a aprovação de uma nova rodada de estímulos pesaram contra os mercados, fazendo com que o dólar recuperasse parte das perdas no mundo. O índice Dxy, que mede o desempenho da moeda americana contra pares desenvolvidos, virou para alta.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais de Mercados

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Pfizer vence disputa com Novo Nordisk e compra a Metsera por US$ 10 bi