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Dólar recua ante real com dados fracos de emprego nos EUA

Às 10:33, a moeda americana recuava 0,40 por cento, a 3,2336 reais na venda, depois de ter encerrado a véspera em alta de 0,32 por cento, a 3,2467 reais

Dólar: BC não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão (Getty Images/Getty Images)

Dólar: BC não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de junho de 2017 às 10h52.

São Paulo - O dólar trabalhava em queda ante o real nesta sexta-feira, influenciado pelos dados mais fracos do mercado de trabalho norte-americano, o que deve esfriar apostas de mais altas de juros nos Estados Unidos.

Às 10:33, o dólar recuava 0,40 por cento, a 3,2336 reais na venda, depois de ter encerrado a véspera em alta de 0,32 por cento, a 3,2467 reais. O dólar futuro trabalhava em baixa de 0,65 por cento.

"Dados piores do que o esperado levam o mercado a reduzir suas expectativas de uma terceira alta de juros nos EUA", avaliou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Vitor Miziara.

Apesar dessa percepção, as apostas majoritárias do mercado eram de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, deve subir novamente os juros no encontro que termina no próximo 14 de junho. A última vez em que o Fed subiu os juros foi em março.

Juros mais altos nos EUA têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças, como na brasileira.

"Os dados do payroll (relatório do mercado de trabalho) não são fracos o suficiente para descarrilar uma alta dos juros mais tarde neste mês", avaliou o analista da gestora canadense CIBC Capital Markets, Royce Mendes, em comentário a clientes.

A economia norte-americana abriu 138 mil vagas de trabalho em maio, bem menos do que as 185 mil estimadas em pesquisa Reuters, mas a taxa de desemprego veio ligeiramente melhor, em 4,3 por cento, ante previsão de 4,4 por cento.

Além disso, os dados de março e abril foram revisados para baixo em relação ao relatado anteriormente, mostrando menor criação de vagas.

"O foco está no exterior, mas o investidor não tira o olho da cena política local", comentou o economista da corretora Infinity, Jason Vieira.

A notícia de que procurador-geral da República pediu novamente nesta quinta-feira a prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente Michel Temer, no âmbito do inquérito em que ambos são investigados por suspeitas de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa, trouxe cautela aos investidores.

"Ele pode fazer uma delação premiada, pode ficar difícil a situação do presidente Michel Temer. Para o mercado, a percepção é de que o tempo vai passando e fica cada vez mais longe a aprovação das reformas", avaliou Miziara.

Ao longo da sessão, não está descartada a montagem de posições defensivas por causa do final de semana e da expectativa com o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Temer na próxima semana pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O BC não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em julho, vencem 6,939 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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